Na manhã deste domingo (24), a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) e a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) iniciaram a operação de reordenamento no Mercado de Oitizeiro. O objetivo é minimizar a ocupação das calçadas para permitir a circulação de pedestres e dessa forma evitar acidentes na via pública. Espera-se que ate o mês de junho o reordenamento esteja concluído.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa, Hildevânio Macedo, haverá um cadastramento de todos os feirantes que atuam no local para avaliar todos os casos e depois realizar o reordenamento. Cada tipo de comércio requer um tipo de instalação diferente e isso será levado em consideração no reordenamento. Após essa fase, quem insistir em ocupar as calçadas e a rua será notificado e poderá ter seus produtos apreendidos. Quem for notificado deve procurar a administração do mercado para regularizar a situação.
A ação deste domingo teve um caráter educativo sobre como a ocupação das calçadas é prejudicial, inclusive para os comerciantes que atuam no interior do mercado, por este motivo ninguém foi notificado ainda. “O comerciante às vezes não percebe que atrapalha, outros não recolhem o lixo que geram e isso provoca, por exemplo, a obstrução das galerias, ou seja, os problemas da ocupação irregular são diversos”, explica Macedo.
O problema da ocupação das calçadas costuma se agravar nos fins de semana, quando comerciantes de outros municípios nos quais não há feira nesses dias, se instalam no local. A consequência da chegada desses comerciantes é que muitos que atuam dentro do mercado, migram também para as calçadas para não perder clientes. “Se todo mundo viesse para dentro seria muito melhor, mas como esse pessoal na entrada nos prejudica, saímos para a calçada também”, reclama a verdureira Roseane Sales da Silva, que trabalha há 20 anos no local.
De acordo com o secretário, há espaço suficiente para todos os comerciantes dentro do perímetro do mercado. Caminhando pelo local, é possível ver boxes vazios e espaços subutilizados. Outros locais ainda estão sendo analisados para acomodar a todos. Ainda no segundo semestre está prevista a construção de um novo galpão, que criará ainda mais espaço disponível. “Queremos garantir que o direito das pessoas circularem, por isso precisamos organizar o local. Atualmente o comércio ocupa as calçadas e até a rua”, afirma o secretário.
Sair das calçadas também garantiria mais conforto e segurança para os comerciantes. “A organização será boa para proteger a gente e as nossas mercadorias e também os fregueses não precisarão se arriscar andando pelo meio da rua”, declara Sebastião Arcano de Sousa, que comercializa amendoim no local aos sábados e domingos.