A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu na tarde de hoje (20), em parceria com o Ibama, Batalhão de Polícia Ambiental e a Sudema, a Operação Temática de Combate à Crimes Ambientais (Otecca), que teve a duração de duas semanas e abrangeu os estados da Paraíba e Rio Grande do Norte.
Como o próprio tema sugere, a operação teve como alvos os crimes que ferem a legislação ambiental, tais como: extração de minérios, madeira ou criação de animais sem autorização do órgão competente; maus-tratos de animais; transporte de produtos químicos com risco de contaminação ao meio ambiente; despejo de resíduos em mananciais entre outros.
A operação planejada pela PRF foi dividida em duas fases. A primeira teve início na semana passada no estado do Rio Grande do Norte. Já a segunda foi desencadeada na Paraíba. O diferencial destas ações foi a participação de órgãos parceiros, que proporcionaram muito mais eficiência e celeridade nas ações, otimizando os resultados. Os parceiros foram o IBAMA, Ministério Público Estadual da Paraíba, Batalhão de Policiamento Ambiental da PMPB e Sudema/PB.
Cooperação técnica – Devido aos relevantes resultados da Otecca está sendo amadurecido um acordo de cooperação técnica, que será celebrado entre as instituições participantes, visando a sistematização e aumento da eficiência de futuras operações na área ambiental.
Balanço da operação
-
Madeira apreendida: 46.1 m³
-
Animais vivos: 263
-
Animais mortos: 1.315
-
Armas de fogo: 03
-
Munições: 108
-
Minérios: 61,5 toneladas
-
Pescado: 4,8 toneladas
-
Carvão: 8 m³
-
Veículos recuperados: 03
-
Pessoas detidas: 75
Todos os pescados apreendidos passaram por uma análise laboratorial, que atestou que o mesmo poderia ser consumido sem prejuízo à saúde. Assim, todo ele foi doado para instituições de caridade do Rio Grande do Norte, estado onde foram apreendidos.
Animais mortos – Um dos casos mais curiosos foi registrado na cidade de Patos, Sertão paraibano, onde um homem, que se apresentou como sargento da Polícia Militar da Paraíba, foi preso em sua casa com mais de 1.200 aves mortas, sete tatus peba, além de uma ave silvestre viva, que não tinha a autorização do Ibama para criá-la. Os agentes da PRF descobriram que ele comercializava estes animais para o consumo humano.