Atoladas em uma aguda crise há pelo menos sete anos, usinas de açúcar e etanol voltaram a atrair a atenção de investidores. Mas, dessa vez, o interesse de fundos e gestoras não está no que elas produzem, mas no que era antes um subproduto do processo de produção dessas usinas: a energia gerada por meio do bagaço de cana.
Entre os fundos interessados em investir no setor estão a gestora canadense Brookfield, as americanas Lone Star e Black River, além da brasileira GP Investments.
A energia gerada por meio da biomassa corresponde a 4% do consumo energético nas usinas brasileiras, e uma parte considerável é produzida no Nordeste. O setor está valorizado e é a única divisão lucrativa de usinas sucroalcooleiras, lembrando a longa fase de ciclo de baixa dos preços do açúcar e do etanol. “A cogeração é uma receita garantida para essas usinas, que negociam contratos de longo prazo, de 15 a 25 anos”, afirma Antonio de Padua Rodrigues, diretor da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica).
Da Redação com Estadão Negócios