Ser interrompido, em sua própria casa, não é algo que o presidente Barack Obama aceite. Ainda mais se for por um de seus convidados. Em uma audiência, nesta quarta-feira, na Casa Branca, o líder americano discursava no evento de abertura do Mês do Orgulho LGBT e foi interrompido por uma ativista, no meio da plateia. Com calma — e certa ironia — o presidente reagiu.
A interrupção teria sido feita, segundo o jornal “New York Times”, por Jennicet Gutiérrez, uma transgênero que está ilegalmente nos Estados Unidos e queria pedir ao presidente a não-deportação dos imigrantes LGBT.
— Não, não, não, não. Você está na minha casa! — respondeu Obama, que foi seguido por aplausos da plateia.
A manifestante, que protestava contra as políticas de imigração dos Estados Unidos, manteve sua posição e continuou a fazer críticas ao presidente americano, no meio do Salão Leste.
— Presidente Obama, soltem todos os LGBT dos centros de detenção (para imigrantes ilegais)! Detenham as torturas e os abusos a mulheres transexuais em todos os centros de detenção! — gritou a mulher, que seria uma mexicana, segundo o jornal “La Nación”.
Obama, então, endureceu a voz.
[youtube:https://www.youtube.com/watch?v=BLorBGKNMmM]— Não é respeitoso fazer isso quando é convidado para a casa de alguém — alertou Obama. — Você não vai conseguir uma resposta me interrompendo desse jeito. Não tem vergonha? Você pode ficar aqui e se manter em silêncio, ou alguém terá que colocá-la para fora — disse, fazendo sinal para a segurança retirar a ativista da Casa Branca.
Após a confusão, Obama arrancou risos da plateia e aplausos do vice-presidente Joe Biden ao tentar amenizar a situação.
— Normalmente, eu sou tranquilo com alguns desordeiros. Mas não quando eu estou na minha casa — brincou o presidente. — Quando (os convidados) estão comendo e bebendo, normalmente se espera que eles escutem respeitosamente. Bem, onde eu estava? — finalizou o assunto, voltando ao seu discurso.
Presidente Obama arranca risos da plateia e é aplaudido pelo vice, Biden, ao dizer que não admite ser interrompido em sua casa – JONATHAN ERNST / REUTERS