Marcas de moda e beleza no México talvez tenham mais sucesso oferecendo produtos que “refinam e mantenham o visual” do que prometendo grandes transformações. Já na Rússia, a estratégia pode ser garantir grandes melhorias na aparência.
É o que conclui uma pesquisa, realizada em 22 países, que investigou o modo como as pessoas avaliam sua própria aparência.
Foi no México que encontrou-se o maior índice de satisfação com a autoimagem (74%), seguido por Turquia (71%), Brasil e Ucrânia (65%), e Espanha, Alemanha e Argentina (62%).
O levantamento, realizado pela consultoria GfK, ouviu 27 mil pessoas de 15 anos ou mais.
Os entrevistados responderam se estavam “completamente satisfeitos”, “razoavelmente satisfeitos”, “nem satisfeitos nem insatisfeitos”, “não tão satisfeitos” ou “totalmente insatisfeitos” com a aparência.
Segundo o relatório, os latino-americanos foram os que responderam mais positivamente sobre como se sentem diante do espelho.
Na outra ponta, os japoneses são os mais críticos em relação ao corpo, com 38% “não tão satisfeitos” ou “totalmente insatisfeitos”. Na mesma linha, 20% dos britânicos, russos e sul-coreanos disseram não gostar do que veem diante do espelho, enquanto que na Austrália e na Suécia, o índice é de 19%.
Segundo o relatório, as descobertas são importantes “para que os setores de moda e beleza identifiquem como podem promover melhor a mensagem aos consumidores”.
Em países como Japão, Reino Unido e Rússia, o estudo afirma que as pessoas devem responder melhor a estratégias de marketing sobre como “melhorar ou mudar sua aparência”, enquanto consumidores no México e na Turquia tendem a responder a ofertas sobre “refinar e manter seu visual”.
Levantamento feito pela consultoria GfK revela que latino-americanos têm maior grau de satisfação com aparência no mundoA pesquisa revela ainda que, em nível global, mais da metade dos entrevistados (55%) afirmaram estar satisfeitos com a aparência, sendo que um em cada dez (12%) diz estar “completamente satisfeito”.
Em contrapartida, apenas 16% relataram alguma insatisfação com o corpo, incluindo 3% que declararam estar “totalmente insatisfeitos” com o visual.
Brasil
O Brasil divide o terceiro lugar no ranking global com a Ucrânia.
Aproximadamente sete em cada dez brasileiros (65%) disseram estar satisfeitos com a aparência ─ 22% afirmaram estar “completamente satisfeitos” enquanto que 43% se declararam “razoavelmente satisfeitos”.
Já 19% disseram não estar “nem satisfeitos nem insatisfeitos” com o corpo. Uma em cada dez (12%) disse estar “não tão satisfeito” e apenas 4% se declarou “totalmente insatisfeito” com o visual.
Gênero e idade
De acordo com a pesquisa, não houve diferença significativa nas respostas de homens e de mulheres: na média global, os dois gêneros registraram o mesmo índice de satisfação com o corpo.
No entanto, entre aqueles que não gostam do que veem no espelho, as mulheres foram mais duras sobre si mesmas do que os homens – 14% delas afirmaram não estar “muito satisfeitas” com o visual contra 11% deles. O índice das que se dizem “totalmente insatisfeitas” consigo mesmas também é levemente superior ao dos homens.
E, na divisão por faixa etária, os jovens foram os mais autocríticos quanto à aparência. Entre as pessoas entre 15 e 19 anos, 16% afirmaram não estar “muito satisfeitos” com o corpo, comparados a 12% a 13% dos entrevistados entre 20 a 29 anos.
Na medida em que a idade avança, a autocrítica diminui. Entre as pessoas com 60 anos ou mais, 9% afirmaram não estar “muito satisfeitos” com o que veem no espelho, enquanto que somente 3% relataram estar “completamente insatisfeitos”.
BBC Brasil