Doações legais ou por meio de caixa dois ao PT foram mencionadas por diversos delatores do esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava-Jato: o doleiro Alberto Youssef, os ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, e executivos ligados às empresas Camargo Corrêa, Engevix e Setal.
Em março, Youssef disse que repassou propinas ao PT a pedido de Odebrecht e Braskem em contas no exterior. O doleiro também disse ter levado propina em dinheiro ao Diretório Nacional do PT, em São Paulo. O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, disse que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto exigiu uma doação eleitoral legalizada de mais de R$ 10 milhões ao PT a título de propinas atrasadas da diretoria de Serviços da Petrobras.
Em dezembro, o executivo Augusto Ribeiro Mendonça Neto, da Setal, afirmou à Justiça que parte da propina cobrada pelo ex-diretor da Petrobras Renato Duque foi paga na forma de doação oficial ao PT: cerca de R$ 4 milhões entre 2008 e 2011.
Preso em Curitiba, Vaccari nega ter recebido propina. (com O Globo)