O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Mota (PMDB-PB), abriu há pouco a reunião em que deverão ser ouvidos o ex-gerente de Segurança Empresarial da estatal, Pedro Aramis de Lima Arruda; o presidente da Federação Nacional das Associações de Aposentados, Pensionistas e Anistiados da estatal, Paulo Teixeira Brandão; e o vice-presidente da Associação dos Engenheiros da empresa, Fernando Leite Siqueira.
Antes de iniciar os depoimentos, Motta informou que a CPI enviou oficio ao juiz federal Sérgio Moro, ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, para que se manifestem sobre a possibilidade de a CPI ter acesso ao conteúdo da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC.
O empresário teve o acordo de colaboração judicial homologado pelo STF na última quinta-feira e é apontado pelo Ministério Público Federal como o coordenador do cartel de empreiteiras que atuava na Petrobras.
Motta explicou que, ao saber da homologação, a CPI já marcou a data para a vinda de Ricardo Pessoa, uma vez que a convocação do empresário já havia sido aprovada pela comissão. “Estamos adiando a vinda do depoente para que ele possa vir com a delação homologada e não possa ficar em silêncio”, explicou Mota.
O presidente da CPI destacou ainda a petição apresentada pela advogada do empresário, Carla Vanessa de Domenico, no qual ela pede a suspensão do depoimento de Pessoa à CPI, sob a alegação de que o acordo de colaboração [delação premiada] o proíbe de falar sobre as acusações.
Segundo informações publicadas pela revista Veja no último final de semana, em depoimentos no processo de delação premiada Pessoa teria mencionado 18 políticos beneficiários de recursos ilegais da UTC, beneficiando partidos do governo e da oposição.
A CPI continua reunida no plenário 3.