A prévia da inflação oficial ficou em 0,99% em junho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para meses de junho desde 1996, quando ficou em 1,11%.
Com o resultado de junho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) fechou o primeiro semestre com alta 6,28%, a maior para o período desde 2003, quando ficou em 7,75%. Em 12 meses, a taxa acumulada de 8,8% é a maior também desde 2003, segundo o levantamento.
Grupos
No mês de junho, o grupo de despesas pessoais foi o que apresentou o resultado mais elevado, de 1,79%, ante 0,18% no mês anterior.
Dos nove grupos pesquisados, outros cinco tiveram aceleração na taxa de inflação na passagem de maio para junho. Também ficaram maiores as taxas de alimentação e bebidas (de 1,05% para 1,21%), habitação (de 0,85% para 1,032%), artigos de residência (de 0,41% para 0,69%), transportes (de -0,45% para 0,85%), e educação (de 0,09% para 0,18%).
A menor taxa, por sua vez, foi registrada em comunicação, de 0,08%, abaixo dos 0,22% do mês anterior. Ficaram menores, ainda, as taxas de vestuário (de 0,8% para 0,68%) e saúde e cuidados pessoais (de 1,79% para 0,87%).
Despesas pessoais
Entre as despesas pessoais, o IBGE destaca a alta dos preços das loterias, de 37,77%, refletindo o ajuste nos preços das apostas da Caixa Econômica Federal no dia 18 de maio. Também pesou o item empregado doméstico, com alta de 0,65%.
Alimentos
Os destaques de alta entre os alimentos – que respondem a cerca de um terço do índice – vieram dos preços da cebola (40,29%), tomate (13%), cenoura (5,59%), batata inglesa (4,42%), carnes (1,63%), leite longa vida (1,24%), lanche (1,07%) e pão francês (0,98%).
Água e esgoto
Entre os itens que compõem o grupo habitação, a taxa de água e esgoto pesou mais, com alta de 3,76%, influenciada por reajustes em Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Salvador.
Saúde
Já entre os itens de saúde os destaques de alta vieram dos preços dos artigos de higiene pessoal, com alta de 1,08%, e dos remédios, que subiram em média 0,76%