Para quem ficou perplexo diante das denúncias trazidas Folha de São Paulo e repercutida nacional, envolvendo malversação de dinheiro pelos irmãos Vital do Rego e Veneziano Vital, quando este era prefeito de Campina Grande, não custa lembrar o triste episódio do cheque da saúde.
A denúncia chegou a cassar o então prefeito Veneziano, mas acabou arquivada no TRE, com recurso negado pelo TSE. Um cheque da Secretaria da Saúde foi desviado para conta de campanha do então prefeito, que se preparava para a reeleição, a mãe com corria a um.
O caso refere-se a um cheque, no valor de R$ 50 mil, que foi depositado pela Maranata, construtora que presta serviços à prefeitura de Campina Grande, na conta de campanha de Veneziano, nas eleições de 2008.
No caso, um empresário que sacou o dinheiro depois depositou utilizando os CPFs de supostos doadores de campanha, a maioria deles sequer sabia que estava doando alguma coisa.
Em 2014, em decisão monocrática, a ministra do Tribunal Superior Eleitoral Laurita Vaz negou provimento ao recurso interposto pelo ex-candidato a prefeito de Campina Grande Rômulo Gouveia (PSD, à época no PSDB) contra o ex-prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), em que pedia a sua cassação, alegando uso de dinheiro público na campanha de 2008.
A ministra justificou sua decisão alegando que “o recurso especial está prejudicado por perda de objeto, diante do término do mandato”.