A produção industrial brasileira aumentou em 9 de 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em maio. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10). Os maiores avanços foram registrados no Ceará (3,6%), Amazonas (2,6%), Pernambuco (1,4%) e Minas Gerais (1,3%).
O resultado interrompeu três meses consecutivos de redução no setor.
Também mostraram resultados positivos Santa Catarina (0,7%), Espírito Santo (0,6%), São Paulo (0,5%), Paraná (0,3%) e Rio de Janeiro (0,2%).
Na passagem de abril para maio, a indústria brasileira avançou 0,6%. Os locais que tiveram queda na produção da Região Nordeste (-2,2%), do Rio Grande do Sul (-1,6%), do Pará (-1,5%), Bahia (-1,0%) e Goiás (-0,6%).
Na comparação com maio do ano passado, a maioria dos locais registrou redução na produção. Os recuos mais intensos partiram de Ceará (-13,9%), São Paulo (-13,7%), Amazonas (-13,7%) e Rio Grande do Sul (-13,3%).
Depois de três meses seguidos de queda, a produção industrial nacional cresceu 0,6% em maio, na comparação com abril, segundo o IBGE informou no início do mês.
Contribuíram para o leve crescimento as produções de equipamentos de transporte (8,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,1%) e de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,9%). Também cresceram as indústrias de bebidas (2,7%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%).
Tiveram queda as produções de produtos alimentícios (-1,9%), máquinas e equipamentos (-3,8%) e produtos têxteis (-6,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, mostraram taxas positivas bens de consumo semi e não-duráveis (1,2%), depois de caíram por sete meses seguidos, e bens de capital (0,2%).
Frente ao mesmo período do ano passado, a indústria registrou queda de 8,8% em maio de 2015, o 15º recuo seguido. No ano, até maio, a atividade fabril acumula baixa de 6,9%. Em 12, a indústria caiu 5,3%, “o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2009”.
Na comparação anual, a maioria dos setores registrou queda. A maior queda foi percebida na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,5%), seguida por produtos alimentícios (-8,7%), máquinas e equipamentos (-20,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-32,4%) e produtos de metal (-14,3%), entre outros. Apenas três atividades registraram avanço, com destaque para as indústrias extrativas (7,7%).