O nível de desocupação no Brasil, que representa a taxa de desemprego no País, atingiu 8,1% no trimestre encerrado em maio, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (9).
O percentual indica uma escalada do desemprego iniciada em dezembro de 2014 e se trata do maior patamar desde março de 2012, quando o instituto começou a fazer a pesquisa.
A Pnad Contínua é feita com base em uma amostra de 211.344 domicílios particulares permanentes brasileiros distribuídos em cerca de 3.500 municípios de 20 regiões metropolitanas do País.
O número que ilustra a situação do emprego nos meses de março, abril e maio ficou acima dos 7% registrados no mesmo trimestre de 2014 e também ultrapassou a taxa do trimestre terminado em fevereiro de 2015 (7,4%).
No trimestre que terminou em maio, portanto considerando os meses de março, abril e maio, o Brasil tinha 8,2 milhões de pessoas desempregadas — bem acima dos 7,4 milhões no trimestre de dezembro a fevereiro de 2015. Nessa comparação, houve um salto de 10,2%, ou seja, 756 mil pessoas a mais entre os desocupados.
Na comparação entre o trimestre encerrado em maio de 2015 e o mesmo período de 2014, a situação é mais dramática. É 1,3 milhão a mais de pessoas desocupadas (alta de 18,4%).
Por outro lado, havia 92,1 milhões de pessoas ocupadas no País no trimestre encerrado em maio — praticamente o mesmo patamar registrado no mesmo trimestre de 2014.
Seu bolso
A pesquisa também apurou que o rendimento médio real do brasileiro (salário) ficou em R$ 1.863 — praticamente estável em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.870) e do trimestre dezembro-fevereiro de 2015 (R$ 1.877).
Quando se observam as variações de salários dos brasileiros, os funcionários do setor público tiveram um recuo de 2,2% nos rendimentos reais no trimestre terminado em maio na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. Os trabalhadores por conta própria tiveram redução real de 3,5% no mesmo período.
Em junho, a PME (Pesquisa Mensal do Emprego) do IBGE referente a maio acusou um nível de 6,7% no desemprego do Brasil — o maior nível em quase cinco anos ao piorar pelo quinto mês seguido. A PME, porém, é feita em seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), contra 20 regiões metropolitanas da Pnad Contínua. (R7)