O senador Aécio Neves (PSDB) compareceu neste domingo (16) à manifestação de Belo Horizonte (MG), que tinha como uma das principais bandeiras o fim da corrupção. Para chegar até a Praça da Liberdade, local onde ocorreu a concentração do protesto, o ex-candidato à presidência da República utilizou um carro da rádio Arco Íris – empresa que pertence a sua família -, e não deu lá o melhor exemplo pela causa, como figura pública que é. Ele estacionou seu Toyota Hilux em uma vaga exclusiva para deficientes físicos.
Não é a primeira vez que Aécio infringe as leis de trânsito. Em 2012, ganhou repercussão o episódio em que o senador foi parado pela polícia por dirigir sem carteira de habilitação. Na ocasião, constatou-se que o veículo que ele conduzia também pertencia à rádio de sua família. A rede Minas Sem Censura, então, entrou com uma representação no Ministério Público e passou a investigar as verbas repassadas à empresa ao longo dos governos tucanos no estado.
Na lista de patrimônios da companhia, consta o veículo que Neves utilizou neste domingo (placa HHH 0211). Ao todo, a rádio possui 12 carros registrados no DETRAN/MG, sendo seis deles considerados veículos de luxo. Na representação, configura-se a tese de que houve ocultação de patrimônio e que os carros de luxo são utilizados para a “satisfação pessoal” dos sócios e familiares da empresa, invalidando a necessidade do repasse das altas verbas governamentais que ocorreram ao longo do governo Aécio. “Não aceitamos tanta impunidade, tanta mentira, tanta corrupção”, disse o senador no protesto pouco depois de parar o carro em local proibido.
Revista Fórum