Novas informações sobre o suposto desvio de recursos da Prefeitura de Campina Grande na gestão de Veneziano Vital chega à imprensa. Desta vez, as denúncias partiram de um ex-funcionário do estado que prestou serviço a esposa de Veneziano, Ana Cláudia, enquanto esteve a frente da Secretaria de Interiorização.
O fotógrafo campinense e blogueiro Cláudio Goes acrescenta informações nas denúncias do ex-tesoureiro Rennan Trajano e revela o nome de três dos oito vereadores que supostamente recebiam propina do ex-prefeito Veneziano Vital, conforme também denunciado pelo ex-auxiliar municipal.
Os contemplados, o blogueiro, teriam sido Inácio Falcão (hoje deputado estadual pelo PTdoB), Rodolfo Rodrigues (suplente de vereador em exercício do mandato) e Marcos Raia (suplente)
VALORES ENTRE R$ 3 e R$ 12 MIL
No seu perfil do Facebook, Cláudio esclareceu:
“A denúncia de corrupção envolvendo vereadores campinenses, nas legislaturas do ex-prefeito Veneziano Vital, não são nenhuma novidade e que alguns vereadores, segundo o ex-tesoureiro da PMCG, Rennan Trajano, recebiam propinas, que variavam de 3 a 12 mil reais, para votar matérias do interesse do prefeito e apoiar, em eleições, candidatos da família Vital do Rego.
A primeira denúncia sobre esse fato remota o ano de 2010, precisamente no mês de abril.
O esquema de propina foi tornado público pelo publicitário-blogueiro Dércio Alcântara, na época assessor da deputada Daniella Ribeiro, candidata à Prefeitura de Campina Grande.
Desafeto da família Vital do Rego, a quem também já havia assessorado, Dércio tratava os irmãos Veneziano Vital e seu irmão, Vital do Rego Filho, de ‘irmãos metralhas’. O ex-senador, atual ministro do TCU, Vitalzinho, ele nominava de ‘rato ensaboado’.
Todo material publicado pelo blogueiro que fazia referências a esses insultos, foi deletado do seu blog, mas recebi alguns publicados, entre eles, o artigo onde o publicitário denuncia o mensalinho, citando três vereadores da legislatura passada – um hoje deputado, outro que assumiu na condição de suplente, mais outro que não obteve êxito nas últimas eleições.
Segue a postagem de Góis:
ESQUEMA DE PROPINA NA GESTÃO VENEZIANO FOI DENUNCIADO EM 2010 POR BLOGUEIRO
O texto de Dércio Alcântara, em 30/04/2010, no seu blog lincado ao Paraiba1:
“Aquele que ensinou o rato a subir de costas em parede de azulejo ensaboado com o gato de boca aberta esperando embaixo, acaba de se superar e se existisse universidade para malandragens best of the best, com certeza Vitalzinho seria o magnífico reitor.
Soube que os vereadores que aceitaram o Vale Night oferecido pelo prefeito Veneziano para facilitar a passagem de algumas peraltices embutidas na criação da secretaria de Ciência e Tecnologia, deixaram na agulha o acerto de uma aliança esdrúxula.
A lógica de Vitalzinho é que campinense deve votar em campinense. Pensando assim, articulou para que os vereadores da oposição que estão pulando o muro trabalhem o nome dele em dobradinha com o de Cássio ao Senado.
Nesta lógica, os vereadores Inácio Falcão, Rodolfo Rodrigues e Marcos Raia receberiam Vale Night para serem satélites da bancada de situação nas votações estratégicas e tocariam a dobradinha Cássio-Vitalzinho nas ruas.
Faz sentido, pois todo mundo sabe que Vitalzinho só pensa nele e que Cássio não vai liberar nenhum tostão para os correligionários. Quer que todo mundo vote por amor, por ele ter sido injustiçado e outros miguelitos.
O grande problema é que, ao estimular a dobradinha com o ex-governador, Vitalzinho indiretamente contribui para a eleição de quem pretende ser o maior cabo eleitoral de Serra na Paraíba.
Dilma lidera as pesquisas no estado, mas perde para Serra em Campina. Vitalzinho pode acabar irritando Maranhão e Lula e os vereadores perdendo o Vale Night.
De outra parte, Efraim já percebeu o tamanho do problema dessa armação, pois tira ele de tempo em Campina e pode fragilizar sua performance no estado.
Cássio convocou para este sábado uma reunião com todos da bancada de oposição e vai dizer que não quer saber de aliado recebendo Vale Night.
Para quem ainda não sabe, Vale Night em política é a recompensa temporária por traições temporárias. O político permanece no grupo de origem, mas vez por outra “fica” com o grupo adversário. É uma escapada free lance e não se enquadra exatamente como infidelidade partidária.”
com informações de ‘A palavra’.