O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu disse, logo no início da reunião da CPI da Petrobras em Curitiba, no Paraná, na manhã desta segunda-feira, que seguiria a orientação do seu advogado e permaneceria em silêncio durante o depoimento. Ele foi preso pela 17ª fase da Operação Lava Jato. Dirceu comandava o esquema de corrupção na Petrobras quando atuava como ministro (2003 a 2005), segundo MPF (Ministério Público Federal).
O relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), perguntou se ele prestou consultoria para as empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, mas Dirceu manteve a decisão de se manter em silêncio. Com isso, o relator disse que não iria mais fazer perguntas a ele.
O ex-ministro foi preso quando cumpria pena de 7 anos de prisão em regime domiciliar por envolvimento no Mensalão. O Ministério Público suspeita que a empresa de consultoria dele recebeu dinheiro desviado da Petrobras. Ele nega.
Além de Dirceu, a CPI pretende ouvir hoje o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada, e três empresários. Dois são executivos da empreiteira Andrade Gutierrez: Otávio Marques de Azevedo e Elton Negrão de Azevedo. O terceiro é João Antonio Bernardi Filho, representante no Brasil da empresa italiana Saipem.
Band.Com