O deputado federal Luiz Couto (PT) está sendo afastado das suas funções eclesiásticas, ficando impossibilitado de realizar missas, confissões, casamentos e batizados. A decisão partiu do arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, que o afastou por entender que o padre estava indo de encontro moral cristã.
Dessa vez, Pagotto, enviou uma carta Núncio Apostólico Dom Giovanni D`Aniello, afirmando que Couto teria citado no seu pronunciamento na Câmara Federal, um texto de um pastor da cidade de Niterói-RJ, que fala da transexual que apareceu crucificada na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.
Luiz Couto já havia sido afastado pelo arcebispo em 2009. Na época, o padre Couto tinha defendido o uso de camisinhas nas relações sexuais.
“Preposto à Arquidiocese da Paraíba, vejo-me na grave obrigação de suspender o referido sacerdote do uso de Ordem em nossa circunscrição eclesiástica, porquanto, por suas afirmações sumárias, e enquanto perdurem sem retratação explícita, provoca confusão entre os fiéis cristãos, e contraria “in noce” as orientações doutrinais, éticas e morais sustentadas pela Igreja Católica (Cf. Cânon 1317 CDC).”
O presidente do PT no Estado, Charliton Machado, considerou uma atitude que vai de encontro ao espírito conciliador do Papa Francisco. “Suspensão de Luiz Couto das atividades eclesiásticas é mais um atestado de truculência da Diocese da Paraíba, sempre na direção contrária ao espírito de conciliação e mudanças do Papa Francisco.”, disse.