O PSB dará início nesta segunda-feira às homenagens de um ano da morte do ex-governador Eduardo Campos com um evento, no Recife, que devem unir oposição e governo. Aécio Neves, que preside o PSDB, e Rui Falcão, presidente do PT, ao lado dos governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Marconi Perillo (PSDB-GO), da vice na chapa de Campos, Marina Silva, e das principais lideranças do PSB, participarão de atos que lembrarão a morte de Campos, em acidente aéreo durante a campanha presidencial.
O ato, no Recife Antigo, contará ainda com a família de Campos, que completaria 50 anos nesta segunda. Em seguida, familiares e amigos repetirão uma tradição que Campos mantinha nos aniversários: acompanhar a missa campal em São Lourenço da Mata.
Até esta sexta-feira, as homenagens vão prosseguir com uma série de batismos de equipamentos públicos. Na quarta, uma sessão solene na Câmara lembrará a vida política de Campos e, na quinta, uma missa será celebrada na Igreja Matriz de Recife. A missa será dedicada ainda aos 10 anos da morte de Miguel Arraes, avô de Campos e também ex-governador de Pernambuco.
— (Nesta segunda-feira) será um cerimonial para celebrar a vida, e não a morte, no dia em que Eduardo faria 50 anos — diz o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
Um ano após a morte do ex-governador e de outros seis ocupantes do avião, dirigentes do PSB e a vice Marina dizem que Campos tem feito falta nesse momento da política brasileira:
— Se estivesse vivo, o desfecho e o quadro político e econômico não seriam diferentes. Mas ele seria uma voz equilibrada em meio ao caos, uma voz com reconhecimento nacional para ajudar a liderar a busca de um caminho — diz o presidente da Fundação João Mangabeira, o ex-governador Renato Casagrande.
— Creio que Eduardo estaria percorrendo o país para conversar com as lideranças regionais, insistindo em temas como o pacto federativo e a reforma tributária, estaria na luta. Sua presença certamente daria mais qualidade à política brasileira — diz Marina.
Sobre 2018, Beto Albuquerque, que em 2014 assumiu, depois do acidente, o papel de vice na chapa de Marina, diz que o partido disputará a Presidência:
— Só temos um caminho: o PSB tem que disputar a Presidência. Não podemos recuar. (O Globo)