A nova versão para o cinema de O Pequeno Príncipe, que nesta quinta-feira (20/8) em circuito nacional, é um dos filmes mais apaixonantes lançados este ano. Não só apaixonante, mas lindo, caloroso, humano e incrivelmente belo. Enfim, surpreendente de ponta a ponta. Apesar de a história ser conhecida de cor e salteado por leitores de todas as idades e de todas as latitudes, a animação dirigida por Mark Osborne, o mesmo de Kung Fu Panda, vai bem além do conceito tradicional de adaptação cinematográfica.
Numa sacada inteligente e de muita sensibilidade, os roteiristas Irena Brignull e Bob Persichetti mantiveram intacta a obra do francês Antoine de Saint-Exupéry, publicada em 1943, e lhe adicionaram uma camada extra de sentido, numa operação em que a literatura e o cinema ficaram ambas enriquecidas. A maior proeza do filme, certamente, é pairar acima de questões de intertextualidade e conquistar o espectador pela nova história que esta sendo contada.
Com doses de suspense, emoção, humor e aventura em medidas equilibradas, O Pequeno Príncipe é um desses raros filmes que marcam uma vida. Assim como o livro, que repousa na cabeceira de tanta gente – não só de debutantes e misses, claro –, a versão cinematográfica também vai estar presente nas nossas memórias cinéfilas.