A vereadora Raíssa Lacerda (PSD) se pronunciou contra o terceiro aumento em um ano no valor cobrado nas contas de energia elétrica da Paraíba. Durante seu pronunciamento, na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quarta-feira (26), ela anunciou que tem um dossiê contra a empresa Energisa e que vai acionar a Polícia e o Ministério Público Federais (PF) e (MPF).
“Pagamos hoje 40% mais caro que São Paulo e a Energisa ainda não se explicou sobre isso. Até a advogada da empresa não conseguiu me dar justificativas. O custo de vida do paraibano é diferente do de outras regiões e tem paraibano passando fome para poder pagar a conta de energia”, lamentou Raíssa.
Anunciando que irá ultrapassar as barreiras da CMJP, a vereadora revelou que nesta tarde vai acionar à PF e ao MPF. “Vou acionar esses órgãos a esse respeito. Irei com Sidney Sandrini, ex-funcionário da empresa, com um dossiê contendo áudios e vídeos que relatam irregularidades da Energisa”, anunciou Raíssa Lacerda.
Pedido de CPI
A vereadora também lembrou que recentemente solicitou a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os casos de irregularidades da Energisa contra o consumidor e funcionários, que obteve a assinatura de 14 vereadores da Casa. Raíssa também salientou que milita na CMJP desde 2009 contra supostas irregularidades da empresa. Naquela época, ela tinha o apoio de 21 vereadores da Câmara.
Na ocasião, Lucas de Brito (DEM) declarou que vai se juntar à parlamentar e colocou a disposição seu apoio para trabalhar na causa.
Reajustes nos últimos 3 anos
A Energisa reajustou nesta terça-feira (25) a tarifa das contas em 10,79% a mais para 216 municípios da Paraíba, incluindo João Pessoa. A partir desta sexta-feira (28), as contas ficarão mais caras, excluindo-se Campina Grande e outras cidades do Estado que tiveram reajuste em fevereiro. Vale salientar que a bandeira praticada está sendo a vermelha, que cobra R$ 4,50 para cada 100 kW consumidos. Em 2014, as tarifas da Energisa Paraíba foram reajustadas em 23,10%, contra um aumento acumulado de 14,61% em 2015, considerando o reajuste ordinário (10,79%) e extraordinário (3,82%).