As regiões do sertão e do agreste de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte ainda terão de aguardar por muito tempo até que a água do Rio São Francisco passe a banhar seus municípios. Prevista inicialmente para ser entregue no ano 2000, a Transposição do São Francisco teve seu cronograma de conclusão reescrito diversas vezes.
Até o início deste ano, previa-se ainda que o empreendimento seria 100% concluído no primeiro semestre de 2016. Agora, segundo o Ministério da Integração, responsável pelas obras, a conclusão do empreendimento passou para 2017. O que permanece nos planos, por enquanto, é a perspectiva de que ao menos parte do projeto seja entregue no ano que vem.
A transposição é apenas uma das iniciativas atrasadas que envolvem o principal rio da região Nordeste. O plano de ações de revitalização das bacias do São Francisco e Parnaíba, que até o ano passado tinha previsão de ser concluído em dezembro, já foi reprogramado para 2018. A entrega de dois grandes ramais de ligação à transposição – Adutora do Agreste (PE) e Adutora Vertente Litorânea (PB) – deveria ter ocorrido no mês passado, mas já ficou para o ano que vem.
Em nota, o Ministério da Integração informou que, desde 2007, são executadas obras nas bacias do São Francisco e do Parnaíba, e que várias ações já foram concluídas. O sistema de esgotamento sanitário recebeu R$ 710 milhões em obras do PAC realizadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Outros R$ 21 milhões foram aplicados na gestão de resíduos sólidos. O controle de erosão recebeu R$ 82,38 milhões, e os sistemas de acesso à água, R$ 150,18 milhões. (AE)