A CPI do Futebol volta a se reunir na quarta-feira para analisar uma pauta com 9 itens. Um dos destaques é o pedido de Paulo Bauer (PSDB-SC) para que a Comissão tenha acesso aos dados bancários e fiscais de José Maria Marin, ex-presidente da CBF. Marin está preso na Suíça desde 27 de maio, em virtude da colaboração daquele país com as investigações do FBI (a Polícia Federal dos EUA). A CPI quer cópias dos contratos que fez com as federações de futebol da Paraíba, São Paulo, e mais 16 estados.
Marin e outros dirigentes do futebol mundial foram detidos, como parte de apurações de crimes envolvendo fraudes eletrônicas financeiras, lavagem de dinheiro e corrupção, entre outros. As apurações do Departamento de Justiça dos EUA também servem de base para que o senador, que é vice-presidente da CPI, solicite ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informações relativas às movimentações financeiras de Marin entre março de 2012, quando assumiu a entidade, até maio deste ano, quando foi preso.
Também visando o aprofundamento das investigações, constam da pauta pedidos de convocação do senador Romário (PSB-RJ), presidente da CPI, para que sejam convocados o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Marco Polo del Nero e o ex-presidente Ricardo Teixeira. O senador ainda solicita a quebra dos sigilos bancário e fiscal de José Margulies, outro acusado pela Justiça norte-americana de lavagem de dinheiro, extorsão e fraude.
Também pode ser chamado a depor, a pedido de Humberto Costa (PT-PE), o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury. Ele é réu em uma ação cível movida pelo Atlético Paranaense e pelo Coritiba por gestão temerária à frente daquela entidade.
Ainda consta na pauta o pedido para que a General Motors envie à CPI as cópias dos contratos que fez com as federações de futebol de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Ceará, Santa Catarina, Goiás, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Piauí, Sergipe, Tocantins e Acre.
E a pedido de Wellington Fagundes (PR-MT), ainda pode ser convocado a depor o empresário Wagner Abrahão, do ramo de turismo.
Agência Senado