A ex-prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite (sem partido), se entregou à Polícia Federal nesta segunda-feira (28). Segundo o Ministério Público Federal no Maranhão a ex-gestora fazia parte de um esquema criminoso que desviou mais de R$ 15 milhões desde sua eleição, em 2012.
De acordo com as investigações, o grupo do qual Lidiane fazia parte não aplicava os recursos do Governo Federal para a Educação do município. Extratos bancários obtidos pelo MPF/MA revelaram que transferências de dinheiro foram feitas diretamente para a sua conta.
Dois assessores diretos, o ex-secretário de Agricultura, Antônio Cesarino, e ex-o secretário de Assuntos Políticos, Beto Rocha foram presos durante a Operação Éden.
Mesmo tendo seu mandado de prisão desde o dia 20 de agosto, o município ficou 15 dias sem prefeito. Isso porque o regimento municipal prevê que apenas em casos nos quais o gestor permanece fora da cidade por mais de 15 dias o vice seja empossado.
Malrinete Gralhada eleita vice-prefeita na chapa encabeçada por Lidiane Leite havia rompido com o grupo da ex-prefeita e com o racha, ficou proibida até de entrar na Prefeitura Municipal de Bom Jardim.
Somente no dia 27, após determinação da Justiça, Gralhada recebeu a faixa de prefeita. Dois dias antes, a defesa de Lidiane Leite tentava no Superior Tribunal de Justiça (STJ) um habeas corpus que permitisse o retorno da ex-prefeita às suas atividades. A ministra Maria Thereza de Assis Moura negou o pedido.