O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, reiterou nesta quarta-feira (30) que o partido não vai assumir um ministério na reforma conduzida esta semana pela presidente Dilma Rousseff. A afirmação foi feita logo após uma reunião em que a presidente buscou uma reaproximação com a legenda, recebendo três governadores do partido no Palácio do Planalto.
Participaram da reunião os governadores Ricardo Coutinho (Paraíba), Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal) e Paulo Câmara (Pernambuco). Com base no relato deles, Siqueira, que não estava presente ao encontro, disse que a presidente não chegou a fazer convite para a legenda comandar um ministério.
“Não houve convite para ministério porque a presidente sabe que não estamos dispostos a participar do governo”, disse. “Não cogitamos, nem de longe, essa possibilidade”.
Na conversa, segundo assessores, a presidente disse que a criação da CPMF era inevitável e pediu ajuda para impedir a aprovação de itens da chamada “pauta-bomba”, que significam aumento de gastos para o Executivo federal.
Siqueira disse que o partido tem “disposição de ajudar quando tiver projeto que sirva ao País, venha de onde vier”, mas reiterou que a legenda não concorda com a troca de cargos por apoio político.
“Nosso histórico não é de trocar e esse sistema político necrosado que troca cargos por apoio não tem apoio do PSB. Por causa desse tipo de comportamento é que, talvez, a crise política esteja tão aguda”, disse.
Segundo ele, esta é uma posição fechada no partido. “Não estou falando como presidente do PSB, estou transmitindo um sentimento do conjunto do partido, que não quer ir para o governo. Na semana passada eu me reuni com a bancada na Câmara e é ela quem menos quer”, disse.
Estadão