O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) recusou nesta quarta-feira (2) uma sondagem feita pela presidente Dilma Rousseff para que reassumisse a articulação política do governo.
Em almoço com a petista, ele reclamou de ter sido excluído dos debates internos sobre a CPMF e a reforma administrativa.
Na conversa, Temer afirmou que pode ajudá-la “pontualmente” no Legislativo, mas que não deseja retornar ao varejo das negociações políticas com o Congresso. Prontificou-se, porém, a tocar a “macropolítica”.
Ao reclamar de ter sido excluído das discussões sobre o resgate da CPMF, o vice-presidente disse que teria ajudado a demover o governo a desistir mais cedo de recriar o imposto. Depois de três dias de desgaste, o Palácio do Planalto acabou desistindo da medida.
O mesmo ocorreu com a definição, anunciada na semana passada, de reduzir o número de ministérios e cargos comissionados. Temer se queixou de ter ficado de fora também desta discussão.
Dilma, então, convidou o vice a participar de uma reunião no Palácio da Alvorada, no próximo domingo, para tratar de uma solução para o déficit de R$ 30,5 bilhões no Orçamento da União de 2016.
Temer vai reunir os sete governadores do PMDB e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para discutir a estratégia do partido diante da crise política e econômica que se agrava no país. O encontro está marcado para a próxima terça-feira (8), no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência da República.