O deputado federal, Pedro Cunha Lima (PSDB), lastimou a presidenta Dilma Rousseff (PT) não ter escolhido o deputado federal Manoel Júnior para o Ministério da Saúde, afirmou que no âmbito nacional tudo pode acontecer com relação ao governo (impeachment ou renúncia) e garantiu candidatura própria do PSDB em João Pessoa, apesar da nova conjuntura com a saída do prefeito da Capital, Luciano Cartaxo (PSD) do PT.
“Cabe a presidenta Dilma que escolheu o deputado Marcelo de Castro do Piauí, lastimando muito alguns episódios que sucederam o processo de escolha”, afirmou lembrando o episódio em que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) chegou a taxar o Manoel Júnior de Semi-analfabeto. “Foi preconceituoso e fora do tom, chamou de semi analfabeto, ele é médico por formação, então a disputa por esta pasta teve episódios que a gente deveria evitar nas próximas escolhas”, afirmou.
Para o tucano, a Paraíba perdeu, pois ter um ministro numa pasta tão importante é um sinal “muito positivo” que “escapou por pouco”, porém acredita que haverão outras oportunidades.
Impeachment – Pedro destacou que acredita que o debate sobre Impeachment deve ser tocado e defendeu a direta afirmando que “nada que está na constituição pode ser chamado de golpe”. Para ele, os fatos são de relevância que não se pode desconsiderar, mentiu nas campanhas, pedaladas, corrupção… “O processo previsto na Constituição não é golpe, na minha opinião golpe é o que o PT está fazendo”, disse.
O deputado acredita também que tudo é possível apontando que é improvável que a presidenta conclua o mandato como também é improvável o impeachment. “São muitas possibilidades, estou acompanhando de perto, com muita seriedade e firmeza”, destacou.
Novos ministros e mais espaço para o PMDB – o tucano também destacou que não vê uma maior estabilidade na Câmara com o aumento do espaço do PMDB no governo de Dilma. “De forma alguma”, enfatizou apontando que “o sistema não se sustenta mais e vai cair de podre”. Para Pedro, é preciso mudar a forma de fazer política e que não se pode fazer política na base do “toma lá dá cá”. Ele afirmou ainda que o povo não quer que se tire o PT e coloque o PMDB, mas uma mudança no sistema.
Apoio a Cunha – Com o PSDB aliado do presidente da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB), o parlamentar afirmou que não agirão com “dois pesos e duas medidas” a respeito das acusações de corrupção do peemedebista. O tucano tirou o corpo fora afirmando que o PSDB não votou em Cunha para presidente, que teve outro candidato e que não há qualquer compromisso do PSDB com o presidente da Câmara. “Vamos avaliar os fatos e denúncias graves e não haverá dois pesos e duas medidas, será a mesma cobrança que fazemos ao governo do PT”, disse.
Candidatura em João Pessoa – “Penso que o PSDB tem vocação de ter candidatura própria”, afirmou apontando que houve uma conclusão precipitada pela saída do prefeito Luciano Cartaxo do PT e ingresso no PSB, onde tem consequentemente o PSDB como aliado ao prefeito. “Isso não define, não encerra a nossa participação na Capital. O nome nós vamos discutir, tem que ser um debate democrático, ninguém é candidato de si mesmo”, afirmou.
Questionado se o PSDB teria apontado nomes para a Administração de Cartaxo, o deputado, falando por si mesmo, negou, afirmou que foi ventilado o nome de André Coelho, mas que não aconteceu essa indicação: “Não tive qualquer conversação com o prefeito Luciano, quanto mais colocação de cargos”, contou.