Pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP) constatou que o preço do litro do etanol (álcool) teve alta em 53 postos de combustíveis dos 102 estabelecimentos em atividade na Capital. O levantamento comparativo efetuado no dia 20 de outubro verificou que 36 mantiveram o valor do produto e 4 reduziram o preço, que está variando entre R$ 2,320 (posto Ayrton Senna – Tancredo Neves) e R$ 2,799 (posto Kennedy – Bessa). A pesquisa anterior foi realizada no último dia 06.
Quanto à gasolina comum, o produto manteve o preço em 63 postos, 18 aumentaram o valor do produto, a mesma quantidade dos que reduziram o preço, que está variando entre R$ 3,050 (posto BSB – Mangabeira) e R$ 3,380 (posto Big Tambaú – Tambaú).
O óleo diesel aumentou de preço em 10 postos, reduziu em um e 46 mantiveram, com o menor preço, R$ 2,690, praticado no posto Ayrton Senna (Tancredo Neves) e o maior, R$ 2,959, no posto Novais (Bairro dos Novais). O preço do Gás Natural Veicular (GNV) se manteve em 10 postos, variando entre R$ 2,259 e R$ 2,300.
O secretário do Procon-JP, Helton Renê, garante que o aumento do preço do etanol será investigado, tanto nas bombas de combustíveis dos postos quanto nas distribuidoras. Ele afirma que os postos serão notificados para justificarem o aumento através das notas de compra e os fornecedores para explicarem de onde vem esse índice de majoração do álcool.
Denúncia – Helton Renê informa que a Secretaria está considerando a denúncia do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba (Sindipetro-PB) que visitou a sede do órgão na última terça-feira, dia 20. De acordo com os representantes da entidade classista, os preços repassados pelas distribuidoras impõem aumentos sucessivos aos combustíveis, principalmente do etanol.
“A principal queixa do Sindipetro diz respeito ao preço do etanol que, segundo o Sindicato, já subiu 23 centavos nos últimos dias e sem um aviso antecipado ou justificativa. Eles também alegam que as distribuidoras tem apresentado reajustes no preço da gasolina acima dos índices anunciados pela Petrobras”, disse Helton Renê.
Ação civil – O titular do Procon-JP adianta que o pleito do Sindipetro será investigado, até porque o reajuste dos combustíveis afeta diretamente o bolso do consumidor, que já está sacrificado com o aumento de preços de outros produtos.
“Vamos, é claro, apurar a denúncia e convocaremos representantes das distribuidoras para se explicarem. A princípio não descartamos nenhuma possibilidade porque há características que remetem a um atentado à ordem econômica. Tomaremos todas as medidas cabíveis em lei, inclusive não descartamos uma ação civil pública, se houver necessidade. O que for apurado será encaminhado aos Ministérios Públicos estadual e federal”, adianta Helton Renê.