O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, declarou, na manhã desta quinta-feira (26), em entrevista ao radialista Geraldo Freire, da Rádio Jornal, que seu “sonho é construir um projeto com o PSB”, devido à boa relação que nutre com o partido. O ex-candidato tucano à Presidência da República visita o Recife nesta sexta (27) para participar de um evento do Instituto Teotônio Vilela (ITV), entidade ligada ao PSDB, com o tema “Caminhos para o Nordeste”, que discutirá a mobilidade urbana e os desafios do atual momento político e econômico do País.
Aécio confirmou que a sigla terá candidato nas próximas eleições presidenciais em 2018, mas revelou que o nome ainda será discuto entre a cúpula do partido. Ele não informou, entretanto, sobre uma possível candidatura do PSDB no Recife. “Temos boas relações com o PSB na capital pernambucana, mas temos bons nomes para a Prefeitura do Recife. Não vamos antecipar a decisão do partido, ela deverá ocorrer no início do próximo ano”, falou.
Em relação à possível filiação do tucano José Serra ao PMDB para entrar na disputa pela Presidência, o senador defendeu que “por mais legítima que seja a intenção do político, não se deve colocar os interesses próprios acima do interesse do País”. “Esse é um problema que teremos que enfrentar mais para frente. A população brasileira nos vê como a opção mais preparada para livrar o Brasil dos males que o PT está fazendo e não podemos perder essa condição”, disse.
DELCÍDIO – Aécio afirmou que a prisão do senador petista Delcídio Amaral, na manhã dessa quarta (25), causou perplexidade entre os parlamentares do Senado Federal. De acordo com ele, o político investigado pela Operação Lava Jato, que já foi colaborador do PSDB, tinha uma relação amena com todos da Casa, pois lá os vínculos são fortalecidos pela convivência. “Nem nós da oposição poderíamos imaginar o tamanho dessa máfia, ninguém poderia pensar isso do Delcídio. O sentimento foi primeiro de perplexidade, quase que de descrença em relação ao acontecido. Depois, quando os documentos começaram a ser distribuídos, o sentimento passou a ser de indignação. A gente viu que ele agia como o chefe de uma grande máfia”, contou. “O escárnio tomou conta do governo. De positivo, o funcionamento das instituições, como a Justiça”.
IMPEACHMENT – O senador refletiu sobre o “fio da navalha” que ele considera ser a discussão sobre o impeachment da presidente petista Dilma Rousseff. “A reivindicação de impeachment serve para obrigar os políticos a respeitarem a lei. Se continuar assim, qualquer governante pode fazer o que quiser pra ganhar a eleição e não vai ser punido”, disse. “O PT, que apoiou o impeachment de Collor lá atrás, agora acha que o pedido da oposição é golpe. Se o presidente comete um crime, e o TCU diz que Dilma cometeu, é situação de impeachment sim”, defendeu.
JC Online com Rádio Jornal