Na tarde de ontem, agentes da Polícia Federal estiveram na sede do banco BNY Mellon, no Rio de Janeiro, para cumprir diligência de busca e apreensão, a pedido da CPI dos Fundos de Pensão, instalada na Câmara dos Deputados. De acordo com o presidente da CPI, Efraim Filho (DEM-PB), o objetivo da diligência foi buscar elementos que comprovem a ciência da sede do banco BNY Mellon, nos Estados Unidos, sobre os desvios cometidos pela subsidiária brasileira com recursos da Postalis – fundo de pensão dos servidores dos Correios. Estima-se que os prejuízos causados nessas operações sejam de US$ 400 milhões. O material passará por um escrutínio da Polícia Federal. EXPRESSO apurou que um dos alvos dos investigadores é Fabrizio Neves, dono de uma gestora de fundos de investimentos que deveria ter sido fiscalizada pelo BNY Mellon. Fabrizio foi convocado a depor na CPI dos Fundos de Pensão, mas simplesmente não apareceu.
Nos Estados Unidos, o BNY Mellon já enfrentou problemas por defraudar fundos de pensão e sobretaxar transações de clientes. Por isso, até toparam pagar multa de US$ 714 milhões a órgãos americanos, de acordo com publicação do “Wall Street Journal” em março deste ano.
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