O PSDB divulgou nesta quarta-feira (11) uma nota em que pede o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por conta das acusações de o peemedebista ter se beneficiado do esquema de corrupção na Petrobras.
Há algumas semanas, o PSDB já havia soltado uma nota conjunta com outros partidos da oposição em que pedia o afastamento, mas evitava fazer cobranças diretas a ele no plenário.
Na nota desta quarta, o partido reitera o posicionamento e acrescenta que as explicações de Cunha para as acusações de que tem contas no exterior foram “insuficientes”.
“[O PSDB] Reitera, de forma ainda mais veemente, posição firmada em nota emitida em outubro, logo depois do surgimento de documentos contra Cunha, oportunidade em que defendeu o seu afastamento da Presidência da Câmara face à gravidae das acusações”, diz o texto do partido, apresentado pelo líder na Casa, Carlos Sampaio (SP), e deputados da bancada.
Cunha é investigado na Operação Lava Jato e responde a inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Também é alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro parlamentar.
Segundo o Ministério Público Federal, ele recebeu propinas do esquema de corrupção na estatal e recebeu dinheiro irregular contas secretas na Suíça. O peemedebista nega ser proprietário de contas no exterior. Ele apresentou como explicação que não é titular da conta, mas sim “usufrutuário”.
Na nota, apresentada pelo líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e por deputados da sigla, o partido afirma que as explicações de Cunha foram “insuficientes”.
Sampaio também informou que os dois representantes do partido no Conselho de Ética, deputados Betinho Gomes (PE) e Nelson Marquezan Júnior (RS), estão autorizados a votar contra Cunha no colegiado.
A bancada também decidiu que os representantes da legenda não participarão mais dos almoços realizados às terças pelo presidente Cunha com aliados na sua residência oficial. O objetivo é marcar a mudança de postura da legenda.
G1