O banco Itaú abre o calendário de reuniões que a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP) realizará com as instituições financeiras que atuam em João Pessoa. O objetivo dos encontros com os representantes dos bancos é a aplicação do Plano de Metas para melhorar o atendimento aos clientes. A reunião ocorre na próxima segunda-feira, 16 de novembro, na sede do órgão, às 10h.
Desde o mês de junho deste ano que o Procon-JP está trabalhando junto aos bancos uma série de ações para melhorar essa relação de consumo. A Secretaria realizou um levantamento das leis consumeristas referentes ao atendimento bancário e elencou um check list com 28 itens para adequação dos serviços nas agências bancárias. As instituições financeiras deverão apresentar um Plano de Metas à Secretaria durante as reuniões para implementar essas melhorias.
O secretário Helton Renê considera que o Plano de Metas apresentado pelos bancos deve ser viabilizado em um prazo determinado. “O Plano de Metas é um termo de compromisso com o consumidor através da Secretaria, onde deverá constar um mapeamento dos dias de maior movimentação, a apresentação de ações para agilizar o atendimento e evitar filas, além de melhoria na infraestrutura, a exemplo da disponibilização de água e banheiros nas agências, orientação ao cliente de forma clara de quais os serviços que podem ser realizados nos caixas eletrônicos”, informou.
Ação preventiva – O titular do Procon-JP adianta que as reuniões com os bancos tem caráter educativo/preventivo com a intenção de reduzir o número de reclamações contra o serviço. “Queremos que os bancos nos apresentem soluções práticas, tanto na parte de estrutura como na de pessoal, principalmente nos dias de maior fluxo, adotando medidas que possam, efetivamente, reduzir o tempo nas filas. O Procon-JP vai atuar junto às agências consideradas as mais críticas de cada instituição, ou seja, as que recebem mais reclamações na Secretaria”, salienta Helton Renê.
Reunião na Febraban – O Procon-JP participou no último dia 11 de novembro de reunião na Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), em Brasília, para discutir os desafios da melhoria da relação cliente/bancos. O secretário Helton Renê acredita que a tendência é melhorar, até porque os Procons do Brasil estão atentos e tomando providências para mudar essa difícil situação. “Nossa intenção é reduzir o número de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor através da satisfação dos consumidores”, disse Helton Renê.
O titular da Secretaria esteve na reunião em Brasília e constatou que o Procon-JP está sendo reconhecido pelas ações junto aos bancos, inclusive àquelas de caráter educativo/preventivo. “Tentamos sempre o diálogo, mas quando ele não resolve, nós partimos para as decisões mais pesadas dentro do que a lei nos permite, como o fechamento de duas agências em João Pessoa ocorridas em julho durante a operação Via-crúcis. Não gostamos de chegar a esse ponto, mas se houver necessidade, faremos novamente. Até porque, agora, eles estão nos ouvindo”.
Helton Renê adianta que a reunião discutiu a não judicialização dos processos. “Não haverá processo se não houver reclamação contra os bancos e se os seus Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC) funcionarem, efetivamente. O Procon-JP está fazendo sua parte, inclusive evitando a judicialização através do convênio com o Tribunal de Justiça da Paraíba, cujos acordos estão sendo homologados pelo juiz Antônio Carneiro de Paiva Junior, titular da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital”.
Ele acrescenta, ainda, que essas medidas de nada adiantarão se os bancos não fizerem a sua parte, melhorando o atendimento ao consumidor de acordo com as leis consumeristas e apresentando propostas mais producentes durante as audiências de conciliação realizadas nos Procons em todo País.
Via-crúcis – No dia 25 de julho deste ano a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP) interditou duas agências bancárias na Capital dentro da operação Via-Crúcis. As agências Cabo Branco da Caixa Econômica Federal (Viaduto Damásio Franca – Lagoa) e a do Santander, na rua General Osório permaneceram fechadas por 24 horas.
A Operação Via-Crúcis se concentrou nas principais reclamações do consumidor no que se refere ao atendimento, a exemplo do descumprimento à Lei das Filas, verificação de atendimento preferencial, itens relacionados à proteção e a segurança do consumidor/cliente durante sua permanência na instituição bancária, bem como o acesso à informação dos produtos e serviços, bem como a disponibilização de água e sanitários.