Jefferson está sendo operado para tratar de estreitamento do canal que transporta a bile, o colédoco. Em 2012, o ex-parlamentar foi diagnosticado com um tumor maligno no pâncreas. Na cirurgia, realizada em julho, ele teve o órgão afetado retirado, além de parte do estômago, duodeno e canal biliar. “Na cicatriz do canal biliar, houve um estreitamento e isso impediu a bile de escoar. Ele começou a ter infecções e febre. Foi difícil descobrir o que havia acontecido porque é uma coisa mínima, que os exames não mostravam. Tivemos de revirá-lo de cabeça para baixo”, contou Cristiane.
Em outubro, Jefferson foi internado para colocação de uma espécie de bomba de alargamento no canal biliar, para reverter o estreitamento. A cirurgia ocorreu por videolaparoscopia (procedimento não invasivo, em que não é necessário abrir o abdome). Nesta terça-feira, ele voltou ao hospital para nova videolaparoscopia para acompanhamento – se houve o alargamento do canal, o equipamento é retirado. Ele deve permanecer internado por uma semana.
“É um procedimento muito doloroso, a videolaparoscopia é feita através das costelas. Da outra vez, comprimiu nervos, ele ficou com dificuldade de respirar, havia risco de pleurite (inflamação na membrana que encobre o pulmão). Por isso ele deve ficar internado ainda por uns dias. Foi a primeira cirurgia depois da operação do câncer e eu espero que seja a última”, disse Cristiane.
Jefferson é apontado como o delator do esquema de compra de votos de parlamentares ocorridos no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva e cumpre prisão domiciliar. Condenado a 7 anos e 14 dias de prisão, o ex-parlamentar cumpriu oito meses em regime fechado em presídio em Niterói, na Região Metropolitana, foi transferido ao semiaberto e desde maio cumpre prisão domiciliar. Nesse mesmo mês, casou-se com a enfermeira Ana Lúcia Novas, de 46 anos, com quem vive há 13. (AE)