Diante da acusação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de propina de US$ 100 milhões no governo FHC, o PSDB adotou um tom ameno sobre a menção de Lula na Lava Jato.
Para o líder tucano no Senado, Cassio Cunha Lima, “não se faz politicagem com isso”, segundo o colunista Ilimar Franco.
Cerveró apontou propina de R$ 100 milhões ao governo FHC na compra da empresa argentina PeCom pela estatal brasileira, em 2002.
Entenda o caso
O ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou a investigadores da Lava Jato que a compra da empresa argentina Pérez Companc (PeCom) pela Petrobras, por US$ 1,02 bilhão, em julho de 2002, “envolveu uma propina ao governo FHC de US$ 100 milhões”.
A afirmação, segundo reportagem de André Guilherme Vieira, do Valor, consta em documento apreendido no gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), também preso na operação. A Polícia Federal (PF) investiga como ele teve acesso ao material secreto da investigação.
Delcídio, que à época da diretoria da Petrobras era filiado ao PSDB, antes do PT, disse em depoimento que assumiu o cargo na estatal “atendendo a convite do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o qual lhe foi transmitido por Rodolpho Tourinho, que à época estava à frente do Ministério de Minas e Energia e era presidente do conselho de administração da Petrobras”.
Em nota, o ex-presidente tucano disse que as afirmações são “vagas” e, “sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”.
com Brasil 247