A cesta básica ficou mais cara em todas as capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) em 2015. A maior alta foi registrada em Salvador, onde o conjunto básico dos alimentos subiu 23,67% no período – mais do dobro da inflação oficial divulgada nesta sexta-feira, de 10,67%. João Pessoa é a quarta capital do Nordeste onde a cesta básica é mais cara.
Mas não foi só a capital baiana que registrou alta acentuada na cesta básica. Em todos os 18 locais pesquisados, os preços subiram acima da inflação do ano passado – as menores variações foram vistas em Manaus, de 11,41%, e Goiânia, de 11,51%.
A cesta mais cara, no entanto, é a de Porto Alegre, a um custo de R$ 418,82, seguida pela de São Paulo (R$ 412,12). As mais baratas, por outro lado, são as a de Acacaju, a R$ 296,82, e Natal, a R$ 309,92.
Produtos
Entre os itens pesquisados, sete ficaram mais caros em todas as capitais: carne bovina, tomate, pão francês, café em pó, açúcar, óleo de soja e batata. Já o valor do arroz, do leite e da manteirga subiu em 17 locais.
No caso da carne, a alta variou de 8,48% em João Pessoa a 23,57% em Aracaju, puxada pela estiagem do início do ano e a alta das exportações. Já a alta do tomate variou entre 10,59% em Goiânia e 88,24% em Salvador. Já o pão francês ficou entre 3,08% (Goiânia) e 25,03% (Campo Grande) mais caro.
O preço do arroz só não subiu em Manaus, onde houve queda de 2,7% no preço, enquanto o leite in natura ficou mais barato apenas em Recife (-0,24%).
Tempo de trabalho
De acordo com o Dieese, o trabalhador que ganha salário mínimo precisou trabalhar 101 horas e 11 minutos para comprar a cesta básica em dezembro, na média das capitais. Em dezembro de 2014, a jornada exigida foi menor, já que naquele mês foram necessárias 93 horas e 39 minutos. As informações são do G1.