O procurador Geral do Estado, Gilberto Carneiro, explicou a decisão do governo de convocar fornecedores e prestadores de serviço para renegociar dívidas e rever contratos. Carneiro apontou que o ato atinge apenas ‘serviços e aquisição de bens’. Ele destacou necessidade da medida e preocupação do governador em cumprir com os pagamentos e alfinetou senador Cássio Cunha Lima.
Durante entrevista a rádio Arapuan, na tarde de hoje, Carneiro disse que na gestão de Cássio Cunha Lima houve empréstimo para pagamento de folha dos servidores apesar de estar com lucros acima de 3% de crescimento do PIB enquanto Ricardo Coutinho preferiu apostar na renegociação para manter a governabilidade.
“O governador está adotando alguma medidas para garantir a governabilidade mínima do Estado. A crise está piorando e estamos saído do estágio de recessão para o de depressão. A prioridade do governo é pagar a folha e manter os serviços básicos funcionando”, disse Carneiro.
O procurador negou que as obras serão paralisadas . “Para movimentações de prestação de serviço e aquisição de bens. As obras poderão entrar no segundo momento, mas agora a situação é de acordo com serviços e aquisições”.
“O governador tem a consciência dos cortes que precisa fazer e, desde o começo do primeiro mandato recebe críticas, mas depois as medidas são aplaudidas. Assim foi com o corte dos codificados e hoje sabemos que se não fosse feito a situação seria muito pior”, destacou Gilberto.
O procurador garantiu que os acordo podem não ser aceitos e apontou para possibilidade de acionar a Justiça. “É válido até para aquisições que já foram efetivadas e serviços que já foram prestados. Mas os comerciantes podem não aceitar a conciliação e o Governo vai fazer a análise caso a caso para passar até a segunda etapa que é de buscar os argumentos jurídicos para efetivar a conciliação”, concluiu.