Após 38h de trabalho, bombeiros conseguiram retirar o corpo de Ewerton Arthur dos Santos Anjos, de 22 anos, que havia caído dentro de um silo de trigo no Porto de Cabedelo, na Grande João Pessoa. O jovem estava desaparecido desde a terça-feira (23) e foi dado como morto pelos bombeiros. Apenas na manhã desta quinta-feira (25), os bombeiros conseguiram localizar o corpo do jovem que já estava em estado de decomposição.
De acordo com os bombeiros, o trabalho é lento devido ao cuidado com a preservação do local e do corpo. Eles explicaram que apenas a perícia oficial é quem pode emitir um laudo técnico, porém, acreditam que o tempo de espera no silo e a temperatura alta no meio de toneladas de trigo não beneficiado, podem ter acelerado a decomposição.
Ainda segundo os bombeiros, o jovem estava com equipamentos de segurança como cobertura, máscara de respiração e viseira. Várias viaturas do corpo de Bombeiros e o Instituto de Perícia Criminal (IPC) estão no local e com a retirada do corpo a Polícia Civil já começa a fazer a perícia no local.
O jovem trabalhava para uma prestadora de serviços e ainda nesta quarta-feira (24), a empresa que fica no complexo portuário emitiu uma nota de pesar lamentando o ocorrido, além de afirmar que todos os funcionários recebem treinamento adequado e equipamentos de segurança.
A empresa prestadora de serviços Saul SN afirmou que está prestando todo o apoio a família e se comprometeu a arcar com as despesas do sepultamento, já a família afirmou que não recebeu nenhuma assistência e que o jovem se queixava de falta de equipamentos. A família vai processar a empresa.
Os primeiros indícios apontam que o jovem morreu por asfixia, mas o perito comentou que será feito um exame, ainda no moinho, com o objetivo de encontrar alguma lesão.
Conforme informações do Corpo de Bombeiros, a demora no resgate do corpo aconteceu pelo fato da empresa pedir que os estragos na estrutura fossem mínimos. O equipamento fica no Grande Moinho Tambaú, pertencente à empresa alimentícia M. Dias Branco, localizada
Segundo os bombeiros, o silo não estava cheio, armazenava apenas 40% da sua capacidade, mas foi preciso retirar praticamente todo trigo para chegar até o corpo. Foram feitas duas aberturas no silo e o Corpo de Bombeiros ainda precisou derrubar uma parede que margeia a estrutura para facilitar o escoamento do trigo. Caminhões foram utilizados durante a madrugada desta quinta-feira para retirar e transportar o trigo que escoava do local.
Da Redação com G1