Em sua segunda alta consecutiva do ano, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Região Metropolitana de João Pessoa registrou um leve aumento de 0,50% em fevereiro de 2016. No mês de janeiro, foram registrados 98,00 pontos, passando para 98,49 em fevereiro. Os dados foram divulgados pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (IFEP-PB).
“É importante destacar que esta é a quarta alta consecutiva do ICC mostrando que, apesar da instabilidade política e econômica que o país atravessa, a confiança do consumidor parou de cair em novembro do ano passado e vem ensaiando alguma melhora. Mas, ainda é precoce falar que a confiança do consumidor entrou definitivamente numa tendência de alta”, afirmou o presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros.
A alta do ICC em fevereiro não foi maior em decorrência da queda de 0,70% apurada pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA). Dentre os fatores que influenciaram negativamente o ICEA estão: os reajustes das tarifas de ônibus urbano e de táxi, além do aumento dos gastos com material escolar e pagamento de alguns impostos. Apesar do aumento na confiança, o ICC ainda se encontra abaixo dos cem pontos que representam a fronteira entre o pessimismo e o otimismo na escala de pontuação, que varia de 0 a 200 pontos.
Na avaliação por gênero, o aumento do nível de confiança foi maior entre os homens, com 0,61%, e o registrado entre as mulheres foi de 0,39%. Com relação ao estado civil, os consumidores divorciados foram os que apresentaram a maior alta (1,19%). Por escolaridade, o maior aumento de confiança ocorreu entre os consumidores que possuem o ensino superior completo (0,92%). E, por renda, o maior acréscimo foi registrado entre os consumidores com rendimentos acima de 10 salários mínimos (1,52%).
No Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que é a avaliação dos entrevistados considerando a situação atual, a parcela de consumidores que avaliaram como “melhor” a atual situação familiar caiu de 22,28% em janeiro para 21,55% neste mês. Neste mesmo período, a parcela de consumidores que julgaram como “pior” a atual situação da família subiu de 44,79% para 45,86%. No Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), considerando a situação futura da família, o percentual de entrevistados que avaliaram como “melhor” subiu de 48,29% em janeiro para 56,36% neste mês. Em contrapartida, o percentual dos que avaliaram como “pior” a situação futura da família, caiu de 18,37% para 10,98% neste mesmo período.
Quanto à avaliação dos consumidores em relação à estabilidade de seus empregos, a pesquisa revelou que a parcela de entrevistados que se sentiram “seguros” ou “extremamente seguros” subiu de 30,57% em janeiro de 2016 para 31,07% em fevereiro deste ano.
O Índice de Confiança do Consumidor é realizado na Região Metropolitana de João Pessoa e tem por objetivo fazer diagnóstico de um conjunto de informações econômicas, construídas a partir de respostas sobre as condições atuais e futuras, esperadas pelos consumidores em níveis micro e macroeconômicos. A escolha da amostra apresenta um índice de confiança de 95% e um erro amostral de 4,90%. Para atender a precisão desejada, a amostra foi estimada em aproximadamente 400 entrevistas, sendo os participantes escolhidos de forma aleatória em diversos pontos onde ocorre maior concentração de consumidores.