O deputado federal Aguinaldo Ribeiro, presidente nacional do PP, é o quarto paraibano incluído na lista políticos que teriam recebido contribuições financeiras da Odebrecht para o financiamento de campanhas. A empreiteira é investigada na operação Lava Jato por desvio de recursos públicos da Petrobras e pagamento de propina a executivos da estatal e políticos de várias bandeiras partidárias. O parlamentar informou, através da sua assessoria, que não vai se pronunciar sobre a lista divulgada nesta semana pela Polícia Federal.
Aguinaldo Ribeiro é um dos denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em consequência das investigações da operação Lava Jato. As planilhas traziam ainda os nomes do senador Cássio Cunha Lima, do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, e do ex-senador Cícero Lucena. Os dois últimos negaram ter recebido contribuições de campanha, enquanto Cássio admitiu, assegurando que todas elas foram devidamente declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As planilhas foram apreendidas com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ”. Os documentos foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22 de fevereiro deste ano. A prestação de contas de Aguinaldo Ribeiro não declara a Odebrecht como doadora da campanha. Ele arrecadou em 2014 pelo menos R$ 1,7 milhão. A Polícia Federal ainda não revelou qual das doações são legais ou fazem parte de caixa 2 de campanha.