A comissão supervisora do concurso da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para pessoal técnico-administrativo, cujas provas foram aplicadas no domingo (13), identificou uma tentativa de fraude à seleção. De acordo com Deivysson Pereira, presidente da comissão, quatro candidatos tentaram burlar as provas utilizando um radiotransmissor, foram presos e eliminados do processo. O grupo é do estado de Pernambuco e os membros estavam espalhados nos locais de prova mas, segundo Deivysson, atuaram de forma conjunta para burlar o concurso.
“A forma do equipamento usado pelos suspeitos, segundo informado pela Polícia Federal, é inédita na Paraíba. Eles utilizaram um radiotransmissor disfarçado de cartão de crédito. Mas a equipe do Idecan, empresa organizadora do concurso, conseguiu descobrir a tentativa de fraude e os candidatos suspeitos foram identificados, eliminados, presos em flagrante e entregues à Polícia Federal”, explicou o presidente da comissão.
O Idecan, empresa organizadora do concurso, divulgou na manhã desta segunda-feira (14) o gabarito preliminar das provas.
Segundo Deivysson, os fiscais já tinham recebido orientações para serem rígidos na fiscalização de alguns locais específicos, onde já havia indicação de provável fraude. “A Polícia Federal já vinha trabalhando conosco para minimizar os riscos de burla e, por meio dos fiscais que foram muito bem orienados, eles detectaram um comportamento estranho do candidato. Ao passar no detector de metal, constataram o equipamento eletrônico”, explicou.
Deivysson Pereira explica que a tentativa de fraude aconteceu durante o turno da tarde, quando foram aplicadas as provas para os cargos de nível médio. O concurso prevê o preenchimento de 154 vagas para 37 cargos para os campi de João Pessoa, Bananeiras, Areia, Mamanguape e Rio Tinto. As remunerações variam de R$ 1.739,04 a R$ 3.666,54.
Segundo a comissão organizadora, cerca de 22% dos 87.500 candidatos inscritos faltaram às provas. O número oficial de faltosos foi 19.335 candidatos. “Essa previsão já era esperada. Para um concurso desse porte, estimamos uma quantidade de faltosos em cerca de 20%. Como não tivemos ocorrência de problemas acerca de atrasos de candidatos, esse número é realmente de pessoas que se inscreveram e não foram fazer as provas”, concluiu Pereira.
G1