A próxima edição do projeto Música do Mundo traz hoje em João Pessoa a cantora Robi (França). O show acontece às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira do Espaço Cultural José Lins do Rego e tem parceria da Funesc com a Aliança Francesa e o apoio do Consulado Geral da França no Recife. Os ingressos custam R$ 10 (inteiro) e R$ 5 (estudante). Para quem optar pela compra antecipada, a bilheteria abre às 18h.
Robi (nome artístico de Chloé Robineau) é acompanhada pelo grupo pop francês composto por Annie Langlois na guitarra e teclado, o baterista Martin Wamgermée e o baixista Valentin Durup, realizam turnê no Brasil com o novo álbum ‘La Cavale’.
No repertório, Robi deve apresentar músicas como ‘L’Eternité’, que faz parte do álbum ‘La Cavale’ (2015), com letra e composição próprias. De começo impressionante, a canção dá o tom ao afirmar que “tudo desabava, tudo desmoronava sob os meus passos, mais nada existia, o passado não sobreviveria depois de mim”. A canção lança pontes entre o after punk e a língua francesa mais sinuosa (Alain Bashung, Noir Désir). Voz crua, verdade nua, choque frontal. “Este disco é mais assumido, mais nu também, como uma confissão de ser”, define a artista.
O repertório conta, ainda, com canções como ‘DevenirFou’ (Enlouquecer), ‘Nuit de Fête’ (Noite de Festa), ‘Le Vent’ (O Vento), ‘A cetEndroit’ (Naquele lugar). Segue-se um tríptico: ‘Le Chaos’, ‘A Toi’, ‘Par TaBouche’ (O Caos, A ti, Por tua boca).
Robi – “Magnética”. Assim a cantora se define e se resume em uma única palavra. Seu segundo álbum, ‘La Cavale’, impõe-se como a sequência lógica e ousada do seu primeiro álbum L’Hiver et laJoie que a revelou graças a alguns voos de pop moderno (On ne meurtplus d’Amour, Où suis-je, Je te tue), um duo memorável com Dominique A (MaRoute) ou uma nova versão aplaudidíssima de Trisomie21. Se Robi permanece, de fato, longe da clausura das tradições de uma música francesa adormecida, ela é tudo menos isolada. Basta, para convencer-se, ouvir atentamente as suas colaborações com Dominique A ou Jean-Louis Murat– certamente as línguas mais soltas de hoje – a brilhante Katelna corealização, ou as suas afinidades com Maissiat, ArmanMéliès ou Radio Elvis, preparando com este último uma criação em duo para uma fusão poética dos seus repertórios.
Música do Mundo – Uma vez por mês, a Sala de Concertos Maestro José Siqueira recebe o projeto Música do Mundo, ação promovida pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) de valorização dos artistas e em especial, da música instrumental. O lançamento aconteceu em agosto do ano passadi, com a participação do grupo parisiense Trio In Uno. Em setembro, foram duas edições – uma com o Quinteto da Paraíba e outra com o pianista francês Pascal Gallet. Em outubro, o projeto trouxe o grupo Renato Bandeira & Som de Madeira. Em novembro, quem passou pelo mesmo palco foi o violista Ivan Vilela. O ano de 2015 finalizou com apresentação de Duo Taufic e quem abriu a temporada de 2016 foi o Collective N-Trance (Brasil/Bélgica), em fevereiro.
Com a ação, a Funesc pretende oferecer um panorama da produção instrumental mundial à população, ampliando dessa forma o acesso às mais variadas vertentes da música. O projeto também oportuniza aos artistas da região terem mais acesso à produção mundial, o que reflete, inclusive, na criação do trabalho desenvolvido pelos músicos paraibanos.