O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empossado ministro-chefe da Casa Civil, voltou a deixar em dúvida sua presença no ato desta sexta-feira (18), na avenida Paulista, em defesa do governo Dilma Rousseff. O petista disse num almoço na Confederação Nacional dos Metalúrgicos que vai avaliar até o fim do dia se vai ao evento.
A informação de que ele iria foi divulgada nas redes sociais pelo presidente estadual do PT, Emídio de Souza.
Após consultar petistas e integrantes de movimentos sociais, Lula tinha sucumbido ao argumento de que o ato é definidor neste momento político e tinha confirmado presença. Aliados estão, no entanto, apreensivos quanto ao risco de confrontos. “Está prevista a presença de Lula”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, um dos organizadores do ato e defensores da presença de Lula nas ruas.
Mais cedo, interlocutores do ex-presidente, temendo conflitos com manifestantes pró-impechment, insistiram para que ele não fosse às ruas. Eles ponderavam que havia a possibilidade de confronto com os manifestantes pró-impeachment se eles permanecessem acampados na avenida Paulista.
Petistas se queixavam de tratamento diferenciado, já que foram a público pedir que os militantes cancelassem manifestações programadas para o domingo (13), quando aconteceu o protesto pelo impeachment.
Na semana passada, o governo Geraldo Alckmin disse que não permitiria outras manifestações além das previstas em favor do impeachment.
Emídio de Souza, presidente estadual do PT, havia dito mais cedo que “os manifestantes da direita permanecerem não avenida Paulista é um escolha do governador Geraldo Alckmin, ele assumirá todos os riscos. Nós não recuaremos.”
Fonte: Folha de São Paulo