O governo federal lançou ontem a terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida para contratar dois milhões de unidades habitacionais até 2018. O programa criou uma nova faixa de renda intermediária entre a faixa um, que é referente aos imóveis contratados pelo poder público, e a dois, que diz respeito às contratações privadas. Na nova fase, houve reajuste do teto da faixa de renda dos beneficiários para inclusão nas categorias em até 30%, chegando a R$ 6.500, e dos preços dos imóveis, que podem chegar a R$ 225 mil, após alta de 18,42%.
O vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa, Gilson Frade, avalia que o lançamento da nova etapa do programa pode impulsionar os negócios do setor, que tiveram queda de 5% no volume de vendas no segmento residencial, no ano passado. Porém, ele tem receio sobre a efetividade dos investimentos. O governo anuncia que, em dois anos, serão aplicados R$ 210,6 bilhões, dos quais R$ 41,2 bilhões são do Orçamento Geral da União (OGU).
“O governo deve ter caixa para financiar os projetos em parceria com as prefeituras, que são realizados com recursos do OGU. Já nas demais faixas, os recursos são oriundos do FGTS. Os dois têm uma representatividade grande na cadeia da construção civil, inclusive com uma grande geração de empregos. Além disso, o reajuste nas faixas permite que ampliemos o número de pessoas que se enquadram nas categorias e que poderão ter acesso ao Minha Casa, Minha Vida”, disse Gilson Frade.
COMEÇA DIA 4 DE ABRIL
A nova Faixa 1,5 é para as famílias que ganham até R$ 2.350,00. Além disso, a seleção dos beneficiários das Faixas 1 e 1,5 será feita pelo Sistema Nacional de Cadastro Habitacional a partir de 4 de abril. Beneficiários e interessados poderão acompanhar todo o processo pelo Portal do Minha Casa, Minha Vida (www.minhacasaminhavida.gov.br), que concentrará informações sobre o programa, simulador de financiamento, além da situação cadastral de cada família.
Na Faixa um, até 90% do valor do imóvel será subsidiado e os beneficiários pagarão prestações mensais de até R$ 270, de acordo com a renda, sem juros e durante 10 anos. Na faixa 1,5, o financiamento terá juros de 5% ao ano. Na faixa dois, a taxa do financiamento será de 5,5% a 7% ao ano. Na faixa três, o financiamento terá juros anuais de 8,16%.