O deputado federal Luiz Couto (PT-PB) atacou, nesta quarta-feira (16), “a suposta a execução sumária, em vigência, segundo ele, em parte da imprensa brasileira”. O deputado afirma que é cultivada a violência midiática para permitir que atos golpistas sejam praticados por quem acredita em suas incitações.
“Esta prática também conta com a proteção de setores do poder público, que através da omissão, da conivência e até da participação de seus membros, colaboram para o crescimento da violência midiática e da impunidade. Esses grupos midiáticos de extermínio transformaram-se em braço armado de atos de golpes, violência e impunidade, sendo encarregados de dar a sentença final para defender os interesses políticos e econômicos de suas organizações”.
O deputado paraibano lembrou que drante o período da ditadura militar, o uso da tortura e das execuções adquiriu ares de defesa da segurança nacional e no país foi criado um clima de ódio e de violência, de total insegurança: “Qualquer um, a qualquer hora, em qualquer lugar, por qualquer motivo ou sem motivo algum, podia ser preso, algemado, torturado, morto e desaparecido para sempre, como aconteceu com tantos”.
Segundo o parlamentar, atualmente vivemos praticamente o mesmo conceito da ditadura militar, só que ao invés de tortura física propaga-se a tortura psicológica através das falsas denúncias de alguns jornais e revistas.
“Forjam a morte de um projeto que vem dando certo, e, por meio destas sentenças o medo está sendo impregnado na sociedade, através de uma mão invisível, para impulsionar a violência política e o ódio insuportável”, disse o deputado.
Ele afirmou que o fenômeno dos extermínios midiáticos, das execuções sumárias e da matança nominal sem direito de defesa, arbitrárias e extrajudiciais, tornou-se uma pena de morte não oficial no Brasil e que o símbolo usado tem sido a camisa tradicional do futebol Brasileiro: “Por dentro não existe um pouco de patriotismo e muito menos a lei da boa vontade, mas o ódio e a seletividade dos acusados. Parte da mídia estaria recrutando matadores de aluguel. É como se fossem os justiceiros, os milicianos, os grupos paramilitares e os grupos de extermínios”.
Em sua análise, Luiz Couto acrescentou que parte da imprensa vive de influência, de capital e de interesses sócio-políticos. Ela dita padrões de beleza, moda, saúde, sexo e educação e seria ingenuidade esperar de parte da imprensa o que gostaríamos que ela fosse, a não ser que tivéssemos dinheiro ou influência para mover essa máquina.
“Devemos construir daqui para frente, um país sem o conceito tarjado pelos grupos de extermínio midiático. Nosso Governo desenvolveu o conceito de democracia que desde a derrota de Aécio Neves, nas eleições passadas, está sendo contaminado pela ambição do poder imediato a qualquer custo.
Faço um apelo para a sociedade brasileira com o intuito de unirmos, ao invés de continuarmos separados e divididos por pensamentos e opiniões políticas e midiáticas de direita, uma vez que esta divisão golpista acaba por acarretar prejuízos e atrasos ao progresso da Nação. Vamos dar a volta por cima nesta crise econômica, política e midiática. Para tanto, preciso e peço a colaboração de cada brasileiro e brasileira, rumo ao combate à sensação midiática do momento”, disse Luiz Couto.