Aproximadamente 374 mil alunos devem ficar sem aulas em escolas públicas da rede estadual da Paraíba e da rede municipal de João Pessoa por pelo menos três a partir desta terça-feira (15). Os trabalhadores de educação do estado e de João Pessoa aderiram à paralisação nacional que vai até o dia 17 de março. Por conta da adesão, as aulas ficam suspensas em 768 escolas da rede estadual, em 95 escolas da rede municipal de João Pessoa e 82 Centros de Referência em Educação Infantil (Creis) da capital paraibana.
As atividades programadas têm início na quarta-feira (16). No auditório do Sintep-PB, às 15h acontece uma assembleia regional para todos trabalhadores em educação do estado da Paraíba. Na quinta-feira (17), acontece a assembleia geral para a educação do estado, no mesmo local, para discutir a aprovação do Plano de Cargo Carreira e Remunerações (PCCR) unificado e pelo cumprimento da lei do piso.
No caso dos professores da rede estadual de ensino, a pauta é pela manutenção dos direitos dos trabalhadores em educação; o cumprimento da lei do piso; contra a entrega das escolas às organizações sociais; contra o parcelamento de salários; contra a militarização de escolas públicas e contra a reorganização das escolas.
A categoria realizou uma assembleia no dia 13 de março e deliberou a adesão à paralisação nacional. A paralisação dos professores do estado vai até quinta-feira, quando fazem uma assembleia.
Em João Pessoa, a categoria espera o cumprimento do reajuste salarial, tendo em vista que a database foi em janeiro e até este mês não houve definição por parte da gestão municipal. Por ser um ano de eleições municipais só é permitido reajuste salarial até o dia 31 de março.
O presidente do Sintem-JP, Daniel de Assis, demonstrou através de relatos financeiros a evolução do Fundeb nos últimos dois anos e afirmou que para 2016 a prefeitura terá um montante de mais R$ 178 milhões, suficiente para atender à pauta salarial reivindicada.
Além do reajuste salarial, os professores da rede municipal da capital pedem a correção da GSE dos professores efetivos que excedem a carga horária; a regulamentação da ampliação da licença e bolsa para mestrado e doutorado; o cumprimento de calendários de correção dos níveis de progressão horizontal compatíveis com o tempo de serviço na mesma classe; estabelecer um calendário de manutenção das unidades de ensino; formação continuada para todos os trabalhadores em educação e continuidade ao pro-funcionário; abastecimento de todas as escolas e creis de material de expediente, didático, pedagógico e merenda.
No caso dos trabalhadores em educação de João Pessoa, a suspensão das atividades vai até a sexta-feira (18), quando a categoria deve fazer uma reunião. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (Sitem-JP), na sexta-feira serão analisados os resultados da audiência agendada para a quarta-feira, com o prefeito Luciano Cartaxo (PSD).
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação de João Pessoa, o órgão vai aguardar para definir semana que vem como vai acontecer a reposição das aulas não realizadas durante a paralisação. O G1 fez contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual, mas as ligações não foram atendidas até as 13h30 desta terça-feira.
G1