Na primeira manifestação de um governador de Estado contra as ações da 24ª fase da Lava Jato, Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba, disse que se extrapolou “definitivamente” os limites do bom senso e considerou as ações como “espetacularização da Justiça”; “Direitos fundamentais estão sendo ignorados e onde nobres objetivos legalistas cada vez mais se confundem com desejos e estratégias de correntes políticas”, criticou; “Não se trata de defender a impunidade. Se trata de ser contrário a toda uma clara e evidente manipulação que está ocorrendo onde direitos fundamentais”
247 – O governador do Estado da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), condenou a ação da Polícia Federal nesta sexta-feira, 4, que tem como foco principal o ex-presidente Lula.
Em entrevista à revista Nordeste, o governador considerou ser indispensável “manter a luta” para assegurar a Democracia no País diante do que considerou espetacularização da Justiça.
“Direitos fundamentais estão sendo ignorados e onde nobres e necessários objetivos legalistas cada vez mais se confundem com desejos e estratégias de correntes políticas e de algumas elites econômicas retrógradas. Espetacularizaram a justiça e a política”, afirmou Ricardo Coutinho.
Na primeira manifestação de um governador de Estado contra a 24ª fase da Lava Jato, denominada Aletheia, Ricardo disse que se extrapolou “definitivamente” os limites do bom senso. “Acho que se extrapolou, definitivamente, os limites do bom senso e da apoliticidade que deve conduzir um processo como esse. Ontem, um ex-presidente, com endereço fixo, se colocava à disposição da justiça para depor. Hoje, um verdadeiro aparato policial foi montado para “conduzir coercitivamente” esse ex-presidente para depor sob a mira da grande mídia que comanda e tenta de todas as formas ressuscitar protestos contra um governo”, disse.
O governador do PSB considera que “essa simbiose é muito perigosa para o Estado Democrático de Direito. Não se trata de defender a impunidade. Se trata de ser contrário a toda uma clara e evidente manipulação que está ocorrendo onde direitos fundamentais”.
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