A venda de veículos usados também começou o ano em queda: no 1º bimestre, foram negociados 1,46 milhão de autóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus, segundo a federação dos concessionários, a Fenabrave. O volume é 5,35% menor que o de janeiro e fevereiro de 2015, quando 1,54 milhão foram vendidos.
O recuo, no entanto, é bem menor que o dosemplacamentos de veículos novos, que caíram 31,3% no ano, somando 392 mil unidades em janeiro e fevereiro.
De acordo com a entidade, 9 usados são negociados a cada 4 carros novos comercializados. O que a Fenabrave considera normal é a proporção de 3 para 1.
Todas as “faixas etárias” de usados tiveram menos vendas neste início de ano, na comparação com dados de 2015, exceto a dos seminovos, como são chamados os veículos que têm até 3 anos de uso, segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).
VENDAS POR ‘IDADE’ EM 2016
(1º bimestre)
anos de uso
unidades
% sobre 2015
0-3
666.509
+24,2%
4-8
637.896
-14,6%
9-12
214.195
-13,9%
13 ou +
366.572
-16,5%
Fonte: Fenauto
Seminovos seguem em alta
As vendas de seminovos subiram 24,2% no bimestre –a Fenauto considera também as negociações de motos.
Veículos com até 3 anos foram a maioria dos usados negociados no período, somando 666,5 mil unidades.
Os seminovos já tinham fechado 2015 com33% de alta nas vendas, totalizando 4 milhões de unidades negociadas, 1 milhão a mais do que no ano anterior.
O segundo grupo que mais vendeu no 1º bimestre foi o dos “usados jovens”, com 4 a 8 anos, totalizando 637,8 mil unidades. O volume, no entanto, foi 14,6% menor do que em janeiro e fevereiro de 2015.
Também diminuiu a venda de “usados maduros”, que têm de 9 a 12 anos: 214 mil unidades foram negociadas, 13,9% a menos do queno 1º bimestre do ano anterior.
As vendas dos “velhinhos”, com 13 anos ou mais de uso, foram as que mais caíram (-16,5%), somando 366,5 mil unidades.
“Ainda não temos claras quais serão as perspectivas que irão nortear a nossa economia neste ano e, justamente por isso, temos essa percepção de que o consumidor ainda está muito cauteloso de assumir um financiamento com a compra de um veículo seminovo ou usado”, diz Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto.
G1