Pelo menos 166 mil domicílios paraibanos acessaram a internet exclusivamente por meio de telefones celulares em 2014. Estes dados foram apontados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada nesta quarta-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este número, que corresponde a cerca de 27,9% das residências da Paraíba, é superior ao de domicílios que usaram apenas computadores para acessar a internet naquele ano, que foi de 97 mil (16,4%), segundo a pesquisa.
A PNAD 2014 também constatou que, pela primeira vez, os smartphones ultrapassaram os computadores e se tornaram os aparelhos preferidos dos brasileiros para se conectar à internet. No país, o celular esteve presente em 80% das casas com acesso à internet, contra 76,6% de computadores. Na Paraíba, o celular aparece em 81,1% das residências que utilizam internet, o computador aparece em 69% das casas e os tablets foram encontrados em 17,9% dos domicílios paraibanos.
Segundo a pesquisa, 81% da população paraibana tem um celular, o que corresponde a pelo menos 3,1 milhões de pessoas. Segundo os dados do IBGE, em nove anos, o número de pessoas que têm celular na Paraíba subiu 54,8%. Em 2005, apenas 26,2% dos paraibanos afirmaram possuir aparelho de telefone móvel. Em 2013, de acordo com a PNAD, 73% dos paraibanos possuíam celular.
A pesquisa também analisou o número de domicílios com alguns bens e serviços de acesso à informação e comunicação no estado. De 1,2 milhões de domicílios pesquisados em 2014, 1.192 tinham televisores, 1.106 tinham telefones celulares, 912 mil tinham rádios, 468 mil tinham computadores e 162 mil tinham telefones fixos. De acordo com a PNAD, das residências que têm computador em casa, 59 mil não têm acesso a internet. Levando-se em conta o número de paraibanos residentes no estado, dos cerca de 3,9 milhões de moradores, 58,6% (2,3 milhões), não têm computador em casa.
Dos domicílios que tinham aparelhos televisores na Paraíba, 52,4% (625 mil), possuíam recepção de sinal de televisão por antena parabólica. Dos demais, 35,1% (419 mil) utilizavam recepção de sinal digital de televisão aberta e 15,1% (180 mil), por meio da televisão por assinatura.