O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira (19), logo após a reunião de líderes, que os partidos terão até sexta-feira (22) para apresentar suas indicações à comissão de impeachment. A eleição para oficializar os nomes indicados pelos blocos partidários deve ocorrer na próxima segunda-feira (26), segundo Renan.
Durante a reunião, a oposição, que quer dar celeridade ao processo de impeachment no Senado, pressionou para que a instalação da comissão ocorresse nesta terça (19), mas o Bloco de Apoio ao Governo, formado por PT e PDT, reagiu e se recusou a indicar seus integrantes. O impasse levou Renan a dar o prazo de 48 horas (que vence na sexta-feira) para que os blocos indiquem seus nomes.
O Senado ainda não chegou a um consenso para a escolha dos parlamentares que vão compor a comissão especial do impeachment. Mas o debate que deve esquentar ainda mais será o da escolha de presidente e relator que fará o parecer favorável ou contrário ao impedimento de mandato da presidente Dilma Rousseff.
Senadores já divergem sobre a forma como se dará a eleição para os dois postos mais almejados da comissão. Mas, de acordo com interlocutores do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a probabilidade é que a prioridade de escolha será por ordem de tamanho dos blocos partidários.
Neste caso, o PMDB tem preferência para nomear seu parlamentar para a presidência ou para a relatoria da comissão. O “Bloco da Maioria”, do PMDB, tem 18 senadores. Na sequência, vem o “Bloco Parlamentar da Oposição” (PSDB, DEM e PV), com 16 senadores. O Executivo é representado no “Bloco de Apoio ao Governo” (PT e PDT), com 14 senadores. O “Bloco Parlamentar Socialismo e Democracia” (PSB, PPS, PCdoB e Rede) tem 10 representantes. O “Bloco Moderador” (PR, PTB, PSC, PRB e PTC) também tem 10 senadores, assim como o “Bloco Parlamentar Democracia Progressista” (PP e PSD), com 10 representantes.
Jornal do Brasil