Problemas no atendimento, superlotação e morosidade no Ortotrauma de João Pessoa, mais conhecido como Trauminha, são riscos sérios para o exercício da medicina. A constatação foi feita na manhã desta segunda-feira (04), pelo diretor de fiscalização do Conselho Regional de Medicina na Paraíba, João Alberto, que lamentou o tumulto envolvendo um médico e um paciente, registrado na noite de ontem, domingo (03), na unidade de saúde.
Ele ressalta que muitas vezes o médico fica vulnerável a irritação dos pacientes por questões técnicas e não pela falta do atendimento em si.
“Quando alguém procura uma unidade hospitalar, ele está atrás de solução. A pessoa está levando até aquele hospital a vida dele, ou de seus entes queridos, eles querem uma solução. No atendimento médico/paciente, o embate maior é com o médico, e quando o médico, por questões técnicas não consegue solucionar o impasse, porque não tem condições técnicas de resolver, o que acontece na verdade é que muitas vezes, pode surgir a agressão”, disse.
Ainda conforme o diretor, uma sindicância para apurar o tumulto e a agressão ao médico no Ortotrauma, na noite de ontem, não está descartada.
“No momento que surge a denúncia, nós podemos abrir uma sindicância para apurar o fato e identificar o real motivo do que aconteceu naquele hospital, que é um hospital que sempre está trabalhando com uma margem enorme de risco para o exercício da medicina”, atestou.
PBAgora