O senador paraibano, Raimundo Lira (PMDB), que foi indicado para presidir a presidência da comissão de que vai analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), afirmou que não vai fazer juízo de valor e manter posição neutra em relação ao objeto da comissão: “Vou ter tranquilidade o tempo todo”.
Ainda não muito conhecido pela grande mídia nacional, o senador afirmou que vai exercer sua função na maior tranqüilidade e ser fazer nenhum juízo de valor. A afirmação foi resposta ao questionamento do fato de Raimundo Lira ser do mesmo partido do vice-presidente Michel Temer, principal beneficiado com o afastamento de Dilma.
Lira destacou que vai fazer um trabalho suprapartidário e ter posição neutra em relação ao objeto da comissão. Ele também destacou que a missão de presidir estes trabalhos é “difícil e espinhosa”, mas que é uma pessoa calma e disciplinada, além de alfinetar o comportamento da Câmara dos Deputados: “Os senadores têm historicamente um comportamento mais calmo e menos exaltado”, disse.
Além disso, Raimundo Lira afirmou que a comissão é pequena, formada por 21 parlamentares, e que está altamente à vontade em presidir, lembrando os seis anos de experiência presidindo as principais comissões permanentes no Senado Federal.
Sem adiantar o voto, o senador destacou que não vai deixar sua intenção pessoal se sobrepor ao julgamento: “Enquanto estiver presidindo, não vou escutar o meu íntimo”, concluiu.