Um homem foi preso suspeito de matar e enterrar a sogra na despensa da própria casa, no bairro Jardim Cidade Universitária, em João Pessoa. Segundo a Polícia Civil, o crime teria ocorrido no dia 17, mas o corpo da vítima só foi encontrado na madrugada deste domingo (24), uma semana depois. Segundo a polícia, o genro confessou a autoria do crime e disse que pretendia ficar com os bens da vítima. Além do suspeito, outras duas pessoas foram conduzidas à delegacia para prestar depoimento.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Wagner Dorta, a vítima estava desaparecida desde o dia 17 de abril e após uma semana de investigação, policiais do serviço de inteligência receberam uma denúncia anônima de que a vítima estava enterrada dentro da própria casa. A mulher foi encontrada na despensa da residência.
“Depois dessa informação nós chamamos a filha da vítima e fomos até a casa. Durante uma varredura, um dos policiais desconfiou da cerâmica que revestia o piso da despensa, pois estava trocada e havia terra na casa do cachorro. Os policiais tiraram a cerâmica e depois que o corpo foi encontrado, ligaram a Delegacia de Homicídios”, disse o delegado.
Minutos após o encontro do cadáver, o suspeito foi preso próximo a um shopping, no bairro Bancários e assumiu a autoria. “Ele contou que praticou o crime no domingo (17) e enterrou a vítima na despensa. O suspeito conta que matou a vítima com as próprias mãos e que a intenção dele era ficar com o patrimônio da sogra”, disse Wagner Dorta.
O ex-marido da vítima disse que ficou sabendo do desaparecimento da mulher na quarta-feira (20), após tentar falar com ela por telefone durante dois dias e não conseguir.
“Eu tinha viajado para Fortaleza, no Ceará, e na segunda-feira liguei pra ela, mas ninguém atendeu. Liguei na terça-feira e ninguém atendeu. Quando foi na quarta-feira eu liguei para minha cunhada e pedi pra ela ir na casa. Ela chegou lá e disse que achou estranho, pois não havia ninguém em casa e todas as luzes estavam acesas. Foi quando chamei um chaveiro e acionei a polícia”, disse ele.
O ex-marido da vítima conta que chegou a procurar a mulher dentro de casa e passou pela despensa, mas não percebeu a diferença no piso. “O chaveiro ainda achou estranho o piso estar molhado, mas pensamos que foi por causa da chuva”, frisou o ex-marido da vítima.
Uma vizinha da vítima disse que o genro morava na mesma casa dela havia pouco tempo, mas que a relação entre eles era marcada por conflitos. “Recentemente ela estava morando com a filha, o genro e um neto bebê. Com a filha ela tentava manter uma relação boa, mas, de um tempo pra cá, quando o genro veio morar junto, eles começaram a se desentender. Ela exigia que ele trabalhasse para sustentar a filha dela, mas ele não queria”, disse a amiga da família.
Ainda de acordo com a Polícia Civil o caso continua sendo investigado e outras pessoas devem ser ouvidas. Segundo o delegado Wagner Dorta, apesar da afirmação do suspeito de que o objetivo do crime era ficar com os bens da vítima, até o momento não existem indícios de que a filha da vítima teve envolvimento com o crime. “Depois da morte, o suspeito saiu de casa com a esposa”, disse o delegado.
Na manhã deste domingo, parentes da vítima informaram que estavam aguardando a liberação do corpo da mulher, que será encaminhado para a cidade de Condado, no Sertão paraibano, onde será velado e sepultado. O enterro deve acontecer ainda neste domingo, devido o estado de decomposição que o corpo foi encontrado.
G1