O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PMDB), não se pronunciou especificamente a respeito do nome da secretária de Estado, Cida Ramos, para cabeça de chapa do PSB, porém voltou a alfinetar a pré-campanha do partido, taxando de balão de ensaio e comentou a respeito das alianças para o pleito de 2016 na Capital.
“Não temos que fazer comentários sobre candidatura de outro partido, mas já havíamos dito muito tempo atrás que era um ‘balão de ensaio’ porque sabíamos que a intenção do governador é ter a prefeitura como um ‘puxadinho’ do Palácio da Redenção”, alfinetou.
Para Manoel Júnior a retirada do nome do secretário de Estado, João Azevedo, foi uma prova de que o eleitorado de João Pessoa é politizado e “não irá de forma alguma que isso aconteça. O desempenho nas pesquisas do então candidato era justamente marcado por isso, não tinha condições de crescimento porque a população já identificou que o governo quer se apossar não só do comando do Estado, que não tem dado conta direito, mas também da questão maior que é a prefeitura para tê-la como apêndice do palácio”.
O deputado afirmou que vai enfrentar qualquer candidatura que possa existir, porém que este é um momento de se preocupar com alianças e construir um programa de governo exeqüível e transparente para apresentar a João Pessoa. “Não uma peça mirabolante, nem uma promessa de véspera de eleição para enganar o eleitor”, criticou.
Alianças – Manoel Júnior também comentou as declarações da vereadora Eliza Virgínia (PSDB), que afirmou em entrevista ao programa Rádio Verdade da Arapuan FM, nesta quinta-feira (29), que dependendo da conjuntura nacional de aliança do PMDB com o PSDB, os tucanos podem concretizar a união em João Pessoa também.
“Fiquei feliz, Eliza é uma vereadora que gera referência muito importante para vereadores do Estado”, afirmou lembrando ainda que mantém contato com outros membros do PSDB a exemplo de Luiz Flávio e Marcio Bispo “que até pouco tempo ocupava cargo de confiança no governo municipal”. Ele também citou os peixes grandes do partido, presidente Ruy Carneiro, ex-senador Cícero Lucena e o senador Cássio Cunha Lima.
A justificativa de Manoel Júnior para a aliança é que os partidos estão mais próximos não só nas eleições no plano nacional, mas também nas eleições para prefeito passadas. “O prefeito (Luciano Cartaxo, PSD) estava no palanque do governador (Ricardo Coutinho, PSB) e nós estávamos nas mesmas trincheiras para fazer de Cássio governador”, disse.
Manoel Júnior apontou que vai respeitar a decisão do PSDB, que ainda pode vir a apoiar o prefeito da Capital, mas apontou que está fazendo uma política de alianças e conversando com os partidos para que no final de junho possa ter reunido um agrupamento partidário para enfrentar as eleições.
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